A maior conquista do feminismo foi a liberdade de podermos agir conforme dita a nossa própria vontade. Se a nossa vontade diz que devemos agir como homens, por que não tentar? A verdadeira questão é: será que conseguimos mesmo agir como eles? Será que estamos preparadas para as conseqüências disso?
Quando nos insinuamos a um homem e deixamos claras nossas intenções – sexo casual, por exemplo – corremos o risco de receber um “não” sem que isso queira dizer nada além de “não estou a fim no momento, obrigado”. Ora, quantos “nãos” já dissemos a homens que só queriam sexo quando não estávamos com vontade, ou quando queríamos algo além disso?
A diferença é que os homens, normalmente, já estão preparados para os “nãos” de suas investidas, enquanto nós ainda estamos engatinhando neste quesito. Somos mimadas e estamos acostumadas a dizer não ao invés de escutá-los, mesmo que apenas ocasionalmente.
Você já parou para pensar que, quando um homem escolhe uma parceira para uma noite de sexo sem compromisso, ele pode estar optando por uma mulher pela qual não imagina a menor possibilidade de vir a se apaixonar? O homem tem o dom de olhar objetivamente para os atributos físicos da parceira, e isso pode ser suficiente para preencher suas necessidades naquele momento: sexo. O homem se excita com o apelo visual e isso pode bastar.
Só que nós, as mulheres de atitude, decididas e pós-feministas não temos a mesma objetividade na hora de escolher um parceiro eventual. Somos diferentes, oras. O buraco do nosso tesão fica mais em cima. Não olhamos apenas para o corpo que pode nos proporcionar maior prazer e sim, para o conjunto. O cara tem que ter um bom papo, nos fazer rir, ter um bom nível social, intelectual…
Ué, mas não é só pra transar? Pra que tudo isso?!
Ao escolher um homem interessante (que tenha outros atributos além dos físicos) corremos sim o risco de nos apaixonar e querer prolongar a noite para duas, três, quatro, namoro, noivado, casamento, filhos, ai, que cansaço.
Nossas intenções acabam mudando de acordo com o grau de gostosura de um homem (que inclui todos os atributos citados acima) e então não conseguimos sustentar o papel de mulher fatal por muito tempo. Somos assim. E quando tentamos não ser, quando tentamos agir como os homens, começamos bem, mas depois misturamos as bolas, ficamos inseguras, perdidas, uó.
Se você quer agir como homem, faça isso, mas do começo ao fim:
1) Mantenha em mente um único objetivo: uma noite de sexo e nada mais. Eu disse NADA MAIS;
2) Escolha um parceiro que atenda, preferencialmente, apenas a esta expectativa: uma noite de sexo bom. É importantíssimo que ele não tenha muitos atributos extras. Você deve se perguntar “posso me apaixonar por esse cara?” Se a resposta for negativa, você está diante de um bom candidato;
3) Esteja preparada para receber um “não” sem levar para o lado pessoal (um homem também pode estar disposto a algo mais. Pode pensar “ela só está a fim de me comer e eu quero romance!”, não pode?);
4) Esteja preparada para ter alguém ligando no dia seguinte, mandando flores, cobrando compromisso e saiba dizer “não, obrigada”, educadamente, mas sem dispensar totalmente, principalmente se o sexo tiver sido bom, é claro. Nunca se sabe quando a quarta-feira vai ser chuvosa.
5) “Os dispostos se atraem, os opostos se distraem. Procure alguém que pareça estar com a mesma intenção e não queria mudar suas intenções no meio do caminho. Entrou pelo sexo, vá de sexo até o final.
6) Fingir paixão para ganhar sexo também vale. Só não vale acreditar na própria mentira depois;
7) Também vale beber um pouquinho a mais antes do encontro. Assim você tem a possibilidade de acordar e tentar acreditar que tudo não passou de um sonho (ou de um pesadelo!).
Vale ressaltar que, salvo raras exceções, ainda não aprendi a aplicar a teoria na prática.
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