Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Entre a lucidez e a loucura

No ângulo noroeste do meu quarto, na diagonal da minha cama, há uma câmera de
vigilância da marca Panasonic. É negra e persistente como o arrependimento,
sigilosa e intrometida como uma sogra que suspeita de algo, tosca como uma
elefanta. (Hoje, queridos amigos, estou para metáforas). Esta câmera de vídeo
está plantada com três pés no marco da porta e serve, em tese, para que as
enfermeiras, ou os plantonistas, saibam sempre, a cada minuto, o que estou
fazendo quando não podem me ver com os próprios olhos.

O autor desse pequeno trecho é Xavi L., catalão, 32 anos, há 13 está internado num hospital psiquiátrico. Seu médico sugeriu que ele criasse um blog como parte da terapia. O resultado está publicado em Eu e meu garrote e hospedado no site do diário espanhol El país.
Por aqui, temos a arte do Bispo do Rosário a provar a genialidade dos que são considerados malucos. De minha parte, como acho que o limite entre a lucidez e a loucura é tênue demais, adorei o blog espanhol.

Um comentário:

Anônimo disse...

Raquel, gostei bastante...

A loucura pode ser saudável como diz o texto!