Hoje acordei sem ter dormido. A alma permaneceu acessa durante as horas de escuridão que aquela janela me permitia ter em contato com este mundo caos nosso. E queimava, ardia numa mescla de ansiedade, tristeza e dúvidas. Um vazio na cama, em mim, e até mesmo na minha fé que assumo estar vez por outra vacilante. É um estado tão perturbador que me assola a essência como que na vontade de me gritar cá dentro:
Acorde, Raquel! Que fazes de sua vida, hein? Trancada em si e a fingir que todos não percebem a farsa que você assume só aqui no escuro da noite, em suas horas de insônia..
Nestes momentos eu me desprendo de mim e me analiso como se fosse outrem. E me sinto feito uma criança acuada e com medo. É como se eu não fosse deste mundo. Assusto-me facilmente com a falta de compaixão, e com o meu excesso de paixão em tudo que faço. É uma passagem tão rápida por aqui que nem parece que dará tempo de se construir laços sinceros, pois a forma se esvai e a tão proclamada essência... Bem, esta não são muitos que a levam a sério...
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