Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



terça-feira, 24 de abril de 2007

Desabafo

Hoje acordei sem ter dormido. A alma permaneceu acessa durante as horas de escuridão que aquela janela me permitia ter em contato com este mundo caos nosso. E queimava, ardia numa mescla de ansiedade, tristeza e dúvidas. Um vazio na cama, em mim, e até mesmo na minha fé que assumo estar vez por outra vacilante. É um estado tão perturbador que me assola a essência como que na vontade de me gritar cá dentro:

Acorde, Raquel! Que fazes de sua vida, hein? Trancada em si e a fingir que todos não percebem a farsa que você assume só aqui no escuro da noite, em suas horas de insônia..

Nestes momentos eu me desprendo de mim e me analiso como se fosse outrem. E me sinto feito uma criança acuada e com medo. É como se eu não fosse deste mundo. Assusto-me facilmente com a falta de compaixão, e com o meu excesso de paixão em tudo que faço. É uma passagem tão rápida por aqui que nem parece que dará tempo de se construir laços sinceros, pois a forma se esvai e a tão proclamada essência... Bem, esta não são muitos que a levam a sério...

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