Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



segunda-feira, 30 de abril de 2007

Lembranças

Há anos que nas vésperas de meu aniversário, mesmo sem querer, choro...

Aos poucos, há lugares na festa que vão ficando vagos... e isso entristece-me.
Este ano é um pouco mais pesado.
Antes de o meu pai desencarnar, todos os anos eu ganhava uma cesta de café da manhã e no final do dia íam lá em casa tios e primos... uma noite cheia de vozes, de risos...

Depois, tudo mudou. Já não havia muita razão para se continuar com uma tradição quando a ponte que nos unia ruiu...
E neste primeiro ano desde o meu pai partiu, dá uma saudade maior do que palavras podem lhe dizer.

E quando nisto penso, uma voz me sussura cá dentro em meu peito:
- Nunca te sintas abandonada, filha, o teu pai olhará sempre por ti. Eu sei que se ele cá estivesse, te daria presentes como sempre fez... e por isso eu venho cá todos os anos, para de uma forma o representar...

E eu choro... como agora ao escrever estas coisas que tenho aqui contidas em mim, ao recordar as palavras que ecoam em minha essência...

Desejo




Depois de uma noite turbulenta, acordei com uma vontade louca que a chuva miudinha trouxesse aquela melancolia boa de domingo de manhã...quando nos enroscamos num peito de ternura, envoltos em carinhos que nem sempre se dizem mas se mostram em caricias e toques...ou até, quem sabe, ficar assim acordada em conversas de travesseiro sem sentido algum.
Mas hoje não é domingo.

Chove lá fora...e cheira a Outono. Os dias são mais longos, as noites mais quentes. E as noites quentes, já se sabe, trazem sempre um mistério contido que apetece desvendar de cada vez que o sol se põe. E as minhas noites trazem-me um sabor a eterno... pouco importa que terminem ao raiar da aurora. Serão eternas enquanto existirem. Ficarão na memória, naquela parte que ninguém pode arrancar de nós.

As roupas são bem mais leves e apetece molhar o corpo com água pura. É o que faço...caminho pela rua pouco me importando que os cabelos se encharquem...vem aquele cheiro a terra molhada que me faz sentir com gosto cada gota de água que desliza no rosto.
Eu gosto de chuva. Em dias assim...


O sol teima em mostrar-se, escondendo-se...como se brincasse ao faz de conta. Não seremos todos assim?
Ao final da tarde apetece o papo
com os amigos, de conversas perdidas que se perdem nas horas...nas horas que avançam pela noite e que na noite se perdem horas em corpos que não nos são nada. Eu observo...
Vejo as amigas que conquistam, que são conquistadas... e sempre teimam em me arranjar um par.
Tenho aspecto de quem precisa de par?
Tem!- dizem-me em coro.
Talvez...mas sou eu quem escolherei, quando for a hora. Rimos com tantos defeitos que coloco em todos quantos me apresentam... elas sabem como sou.Mas elas escolhem bem, sabem que tipo de homem me atrai, me faz olhar e desejar... elas sabem. Mas eu sou tímida. Tenho as minhas barreiras, as minhas muralhas...portas que fecho devagar para que alguém saia. Mesmo quando querem entrar. Ou até quando eu desejava que não partissem.
Desencontros...
Nem sempre é o momento. E quando é, sente-se. Da mesma forma que se sente que alguém nos quer, nos deseja e não o diz.

Sou resolvida...para entrar um novo homem, preciso que saia o anterior, nada de misturas. Preciso sempre de tempo para me apaixonar...e quase sempre escolho por quem me apaixono. Outras vezes sou escolhida. Acaba sempre por ser aquele que deixo entrar na minha vida devagar, que deixo que me conquiste, que tento acreditar nas palavras e depois, do nada, dou por mim a adormecer e a acordar com um único pensamento. O peito deixa de ter aquela sensação do vazio, a boca deixa de ter um sabor amargo, e no estômago acontece uma revolução de borboletas.
Deixo que a paixão aconteça, depois, bem.... passo as noites de câmara na mão a fazer filmes, a sonhar acordada... e sonho tanto!
A paixão torna-nos patéticos. E tem o outro lado: faz-nos sentir que somos donos do mundo. Sentimos que o fardo dividido é bem mais fácil de carregar.

E por vezes, por medo, só no receio de fracassar, não embarcamos numa viagem que nos faz perder os sentidos e quem sabe, sermos felizes. Ou o medo de mostrar o que o nosso coração tanto grita e a boca cala... o medo de que depois fique um nada sem sentido. O medo de utilizar as palavras que podem mudar tudo.
Valerá a pena não tocar em sentimentos que nos podem entorpecer? De que valem as palavras que ficam presas, guardadas em nós? De que valem os sentimentos se não forem partilhados? De nada, valem nada. Quando a paixão nos faz fugir em vez de agarrar alguém que também nos quer bem... ficam as histórias guardadas nas gavetas, por viver.
Podia ser tudo tão simples....

O medo de sofrer. O medo de perder o pé. O medo de nos aventurarmos por caminhos sinuosos que não têm lógica nem razão, por medo de cair. Mas muitas vezes, cair é a única coisa que vale a pena. Porque ao cair podemos ganhar asas...
Cair na tentação do prazer carnal, deixar que os gritos contidos no peito se libertem, que os olhos vejam muito mais alem.

Os amores loucos, insanos...
Os amores serenos, tranqüilos...
E eu sei que me vou apaixonar muitas vezes.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

A morte

A morte revolta-me sempre. Dá aquela raiva porque sei que na vida que se foi ficou muito por fazer, sonhos por realizar, palavras por dizer e por ouvir. As palavras bonitas, as que demonstram o bom que temos em nós, quase sempre ficam presas na garganta...é tão mais fácil dizer as palavras que magoam!
Corria-lhe sangue nas veias... Corria.
Agora já sabes se esse Deus existe, se a vida, afinal, é só isto. Agora já sabes.
Colocarão a terra por cima do caixão. E pronto. A vida termina aqui? Já nada mais há que possas fazer, nem? A chuva promete cair miudinha como se também o céu chorasse, como nós nesta cidade caos.
Se existem, neste instante peço aos anjos, arcanjos e serafins, que te recolham de braços abertos num mundo que espero ser bem melhor que este...

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Alvo


“...Esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo ...” (Filipenses 3.13-14)

“Se a sua visão é para um ano, plante trigo. Se a sua visão é para uma década, plante árvores. Se a sua visão é para toda a vida, plante pessoas." - Provérbio Chinês

Sexar



SEXAR: ter relações sexuais
Porque isso de fazer amor não existe.
Ora pensem bem: como se pode fazer uma coisa que já está feita? Não podemos fazer amor... quando muito sexamos com amor!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Minha cidade!!

Deus fez o mundo em 7 dias e gastou 6 fazendo o Rio de Janeiro... Isso é certo!

Sampa

Homenagem a uma cidade que eu amo...

Saudades do Havanna Café... hummmmmmmmmmmmm

Não, eu não me arrependo de nada



Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
C'est payé, balayé, oublié,
je me fout du passé.

Avec mes souvenirs,
j'ai allumé le feu,
Mes chagrins mes plaisirs,
je n'ai plus besoin d'eux.

Balayés mes amours,
avec leurs trémolos,
Balayés pour toujours
je repars à zéro...

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bienégal.

Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien,
Car ma vie, car mes joies,
Pour aujourd'hui
Ça commence avec toi

******

Composição: Michel Vaucaire / Charles Dumont

Tradução...

Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram, nem o mal
Tudo me parece igual
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Está pago, varrido, esquecido
Eu estou farta do passado
Com minhas lembranças, eu alimentei o fogo
Eu não preciso mais deles
Varri meus amores
Junto a seus aborrecimentos
Varri por todo dia
Eu volto ao zero
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram, nem o mal
Tudo me parece igual
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Minha vida
Minhas jóias
Hoje
Começa com você



terça-feira, 24 de abril de 2007

Desabafo

Hoje acordei sem ter dormido. A alma permaneceu acessa durante as horas de escuridão que aquela janela me permitia ter em contato com este mundo caos nosso. E queimava, ardia numa mescla de ansiedade, tristeza e dúvidas. Um vazio na cama, em mim, e até mesmo na minha fé que assumo estar vez por outra vacilante. É um estado tão perturbador que me assola a essência como que na vontade de me gritar cá dentro:

Acorde, Raquel! Que fazes de sua vida, hein? Trancada em si e a fingir que todos não percebem a farsa que você assume só aqui no escuro da noite, em suas horas de insônia..

Nestes momentos eu me desprendo de mim e me analiso como se fosse outrem. E me sinto feito uma criança acuada e com medo. É como se eu não fosse deste mundo. Assusto-me facilmente com a falta de compaixão, e com o meu excesso de paixão em tudo que faço. É uma passagem tão rápida por aqui que nem parece que dará tempo de se construir laços sinceros, pois a forma se esvai e a tão proclamada essência... Bem, esta não são muitos que a levam a sério...

Caminho das águas




Leva no teu bumbar, me leva
Leva que quero ver meu pai
Caminho bordado à fé, caminho das águas
Me leva que quero ver meu pai.
A barca segue seu rumo lenta,
Como quem já não quer mais chegar,
Como quem se acostumou no canto das águas,
Como quem já não quer mais voltar.
Os olhos da morena bonita,
Agüenta que tô chegando já
Na roda conta com o seu,
Ouvira zabumba
Me leva que quero ver meu pai.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Fico assim sem você...

ESTAR EM PAZ



Estamos vivendo um momento muito grave dos processos humanos, onde temos a impressão de que o mundo está de ponta-cabeça e as relações humanas cada vez mais precárias.
Vê-se ganhar corpo uma generalizada insegurança, em todos os sentidos e níveis.
Guardamos uma espécie de sensação de que não mais se vive e sim, sobrevive.
Sobrevive-se, a cada dia, na expectativa de se envelhecer, de se ter saúde, de se feliz, de estar em paz.
Paz! Certamente cada um de nós vai ter um conceito muito específico, de acordo com o que nos falta neste exato momento, em que nos perguntamos o que é ter paz.
Será possível se guardar um pouco de paz, frente a tantas turbulências e medos? A desesperança nos asfixia as aspirações, fornecendo-nos uma falta de perspectiva devastadora.
O Prof. José Manuel Moran, autor do livro "Mudanças na comunicação pessoal" assevera, com grande lucidez, que ... "evoluímos mais se normalmente conseguimos sentir-nos em paz, independentemente das circunstâncias concretas que vamos enfrentando, se os problemas que aparecem não tiram a tranqüilidade de fundo, mesmo que nos afetem momentaneamente. Paz não é sinônimo de acomodação ou indiferença. Paz é o resultante de uma síntese equilibrada de vida, de estar bem consigo mesmo e com os outros, de encarar de forma aberta a vida".
A proposta de se estar em paz, mesmo diante do aparente caos em que se encontra o mundo, é buscar em nós próprios estes caminhos, aceitando-os de verdade como somos, encontrando o nosso eixo, nosso ponto de equilíbrio, de integração. Se estamos em paz com os que convivem conosco, aceitando-os como são, interagindo com eles da melhor forma possível, sem agressividade e ressentimentos. Se estamos em paz com o nosso ambiente, com a paisagem urbana e a rural, com as plantas e os animais, com o universo como um todo, seguramente estaremos sentindo a grandeza do encontro com esta emoção, com este sentimento em que todos queremos sentir: a verdadeira paz.
Precisamos entender que este auto-aceitar-se, que deve ser o ponto de partida para a grande viagem em busca da paz significa dizer uma "aceitação de tudo o que fizemos até agora, aceitar o nosso passado, a nossa trajetória, os caminhos percorridos, com todas as suas implicações, aceitar o que nos ajudou e o que nos complicou, o que consideramos acertos e erros, aceitando-nos como pessoas no seu conjunto."
Conclui, de maneira primorosa, o Prof. Moran, ao afirmar que "evoluímos mais na busca da paz quando conseguimos integrar o passado e o presente, o individual e o grupal, o material e o espiritual, o trabalho e o lazer, o presencial e o virtual, o tradicional e o inovador, o que está organizado e o que está desestruturado. Evoluímos mais quando integramos nosso "eu" dividido; quando aceitamos nossas contradições, nossos diversos papéis, expectativas e realizações, nossas qualidades e defeitos".

Paz será sempre sinônimo em aceitar-se e aceitar.

----José Medrado

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Eu sou...





Carioca

Outro lugar

Não vou explicar nada.
A música é linda, toca no meu rádio todo dia pela manhã, e ponto!

Outro Lugar

Você sabe que as canções são todas feitas pra você
E vivo porque acredito nesse nosso doido amor
Não vê que tá errado, tá errado me querer quando convém
E se eu não estou enganado acho que você me ama também

O dia amanheceu chovendo e a saudade me contém
O céu já tá estrelado e tá cansado de zelar pelo meu bem
Vem logo que esse trem já tá na hora, tá na hora de partir
E eu já to molhado, to molhado de esperar você aqui

Amor eu gosto tanto, eu amo, amo tanto o seu olhar
Andei por esse mundo louco, doido, solto com sede de amar
Igual a um beija-flor, que beija-flor,
De flor em flor eu quis beijar
Por isso não demora que a história passa e pode me levar

E eu não quero ir, não posso ir pra lado algum
Enquanto não voltar
Não quero que isso aqui dentro de mim
Vá embora e tome outro lugar
Talvez a vida mude e nossa estrada pode se cruzar
Amor, meu grande amor, estou sentindo
Que está chegando a hora de dormir
(Na voz do Milton Nascimento)

Mais Saudades


Hoje te levei uma prece. Como em todos os dias de minha vida.
Sei que já não vale de muito, ou de nada. Mas sempre gostaste de Nossa Senhora Aparecida. Eu acreditava. Acreditava porque sempre me falaste as coisas importantes sem mentiras, sempre me disseste até as coisas que me custavam ouvir. Mas por amor, nunca me magoaste.
E as palavras ficam para sempre, não as esqueci.

Faltam exatos 15 dias para o meu aniversário.
E não poderei escutar de você Parabéns, Doce! Ou talvez possa. Talvez agora consigas ouvir o que diz o coração e já nem sejam precisas palavras.
É por ti que não temo o futuro. Por me teres dado a força e a coragem de seguir a vida por mais terrível que tenha sido a nossa dor.

É saudade, sabes?
Por vezes é mesmo preciso deixar de ver para sentirmos que alguém nos faz falta. E tu fazes, tanta!
E não há um dia em que não lembre o porquê do meu nome, que me deste com uma razão, com um sentido. E não há um único dia que não lembre de ti.
As coisas grandes exigem palavras ainda maiores...e tenho receio que as minhas simples palavras não possam dizer as grandes verdades acerca de ti.

Hoje o dia começou silencioso, eu imersa em minhas dúvidas, questionamentos e constatações meio ao que sobrou de nossa família... à minha maneira lembrei-me e não é fácil falar. Sou eternamente a sua Doce. Amamo-te e você ainda é o meu alicerce. O principal pilar.

Nenhuma lágrima que derramo por ti é em vão, nenhuma. E custa-me sempre falar sobre o homem que foste e que és, porque dá aquele nó na garganta que se transforma em lágrimas...por raiva da vida te ter levado. Por dor de não te ter por perto, por não ter o teu riso que juntavas ao meu...por não ter as tuas palavras que sempre me apaziguavam o peito.

Tu eras o meu verdadeiro norte.

É por isso que me orgulho de ser tua filha, de ter tido como pai um homem como tu. Um grande homem...

Neste instante em que te escrevo, as lágrimas deslizam num rosto e caem num peito cansado por estar tão vazio de ti!
Continua aqui perto. Não deixes que o teu rosto vá perdendo os contornos, não deixes que da minha memória se esbata a tua presença, a tua voz. Ainda recordo o teu cheiro.
Ainda imagino que a qualquer instante te possa ver outra vez.
Tenho saudades. A saudade não se explica...
Não te vejo, não te ouço e sinto-te.
Ilumina o meu caminho.... é por te sentir tão perto que nunca me sinto verdadeiramente só.


Amo-te, pai.
Mas tu sabes disso. Agora já sabes.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Saudades

Hoje sinto saudade...
Saudade do carinho, das palavras meigas
Saudade de sorrisos
de amigos que perdi
Saudade de ver as estrelas e partilhar essa beleza infinita
Saudade de amar
Saudade do calor
Saudade de olhares que me despem a alma
Saudade do silêncio das palavras
Saudade do amor...

Saudades do que já não sou
Saudades de um toque
Saudades dos cheiros
Saudades de perder os sentidos

E sinto saudade da saudade... essa saudade que nos traz à memória coisas lindas que já nem lembrávamos...mas uma saudade sem dor.

" A saudade é tão débil,
tão tranquila...
que só o amor e a amizade
tem ouvidos para ouvi-la!"

Aquela saudade que não deixa lágrimas correrem, mas que por seu lado nos esboça um sorriso...

Amanhã, talvez nem veja o pôr do sol, poderei até já nem estar por aqui... mas hoje estou e quero sentir em mim todos os sentimentos, todas as sensações, para que, na hora de partir possa sentir esta mesma saudade e sorrir...
Sorrir por saber que no meu peito existiram sensações únicas e que por serem únicas, serão eternas!

Não faz sentido, não?
Nem eu compreendo o sentido destas palavras... vieram assim ao de leve porque estava sentada no escuro, a ouvir os pássaros lá fora e recordei tantas frases que ficaram aqui, tantos risos, tantos amigos... e pensava que enquanto não tenho a certeza se existe mesmo o céu e o inferno e que a vida, por tristeza minha, possa ser só isto, deixa-me aproveitar o sol e a chuva, a lua e as estrelas, o dia e a noite... aproveitar os braços deste anjo que me envolve com os seus braços todas as noites só para que não me sinta tão só... porque eu sei que estou sozinha, mas não é assim que me sinto... é complicado explicar a fé. Acredita-se e pronto.

As minhas confissões... confissões de uma mulher que aos quase 30 admite nem saber muito bem sobre o que escreve...porque apenas escreve o que sente, o que pensa mesmo que tudo isso não faça sentido nenhum...

Cabeça de mulher, ...que fazer?
Deve ser efeito da pilula, que, por falar nisso, nem sei para que tomo...




sexta-feira, 13 de abril de 2007

Idas


Cansada desta guerra, vou procurar a paz...
Hoje o dia está magnifico... vou embora do trabalho pela praia, deliciar-me com os pés descalços que caminham numa areia fria. E vou sentir a brisa que acaricia a pele, que arrepia... e vou sorrir.
Não quero pensar em todos os amores que morreram antes de começar. Nem quero lembrar das paixões que não se vivem por medo...não quero.
Não quero pensar nas bocas que me falam que não querem uma paixão, quando um coração grita ao meu, que é tudo o quanto precisa para voltar a sorrir...

E como confissão:
O mar? É quase refugio para mim.

OS PORTÕES DE CHEGADA



Bom dia povo que vem aqui ler minhas páginas rasgadas!!

Hoje compartilho com vcs a mensagem que me foi dada nesta manhã de brisa de praia no ar...

Muito grata querido!

--------------------------------


Cada abraço daqueles guarda uma história diferente...
Cada reencontro daqueles revela um outro mundo, uma outra vida, diversa da
nossa, da sua...
Se você nunca teve a oportunidade de observar, por mais de cinco segundos,
todas aquelas pessoas - desconhecidos numa multidão - esperando seus amigos,
seus familiares, seus amores, não tenha medo de perceber da próxima vez, a
magia de um momento, de um lugar.
Falamos dos portões de chegada de um aeroporto, um desses lugares do mundo
onde podemos notar claramente a presença grandiosa do amor.
Invisível, quase imperceptível, ali ele está com toda sua sublimidade.
Nas declarações silenciosas de um olhar tímido. No calor ameno de um abraço
apertado. No breve constrangimento ao tentar encontrar palavras para
explicá-lo.
Na oração de três segundos elevada ao alto - agradecendo a Deus por ter
cuidado de seu ente querido que retorna.
Richard Curtis, que assina a produção cinematográfica de nome "Love
actually" - traduzida no Brasil como "Simplesmente amor", traz essas cenas
com uma visão muito poética e inspirada.
O autor oferece na primeira e última cenas do filme exatamente a
contemplação dos portões de chegada de um aeroporto, e de seu belíssimo
espetáculo representando a essência do amor.
Ouve-se um narrador nos primeiros segundos, confessando que toda vez que a
vida se lhe mostrava triste, sem graça, cruel, ele se dirigia para o
aeroporto para observar aqueles portões, e ali encontrava o "amor por toda
parte".
Seu coração alcançava uma paz, um alívio, em notar que o amor ainda existia,
e que ainda havia esperança para o mundo.
Isso tudo pode parecer um tanto "poético" demais para os mais práticos, é
certo.
Assim, a melhor forma de compreender a situação proposta é a própria
vivência.
Sugerimos que faça a experiência de, por alguns minutos, contemplar essas
cenas por si mesmo, seja na espera de aviões ou outros meios de transporte
coletivos.
Propomos que parta de uma posição mais analítica, de início, com algumas
pitadas de curiosidade:
"Que grau de parentesco possuem aquelas pessoas?"- "Há quanto tempo não se
vêem?"- "De onde chegam?"
Ou, quem sabe, sobre outros: "Que histórias têm para contar!"- "O que irão
narrar por primeiro ao saírem dali? Sobre a família, sobre a viagem, sobre a
espera em outro aeroporto?"
Ao perceber lágrimas em alguns olhos, questione: "De onde elas vêm?" - "Há
quanto tempo não se encontram?" - "Que felicidade não existe dentro da alma
naquele momento!"
Por fim, reflita:
"Por quanto tempo aquele instante irá ficar guardado na memória!". O
instante do reencontro...
Tudo isso poderá nos levar a uma analogia final, a uma nova questão: não
seria a Terra um imenso aeroporto? Um lugar de chegadas e partidas que não
param, constantes, inevitáveis?
Pensando nos portões de chegada na Terra, lembramos dos bebês, que abraçamos
ao nascerem, com este mesmo amor daqueles que esperam num aeroporto por seus
amados.
Choramos de alegria, contemplando a beleza de uma nova vida, e muitas vezes
este choro é de gratidão pela oportunidade do reencontro.
É um antigo amor que, por vezes, volta ao nosso lar através da reencarnação.
Pensando agora nos portões de partida, inevitavelmente lembramos da morte,
da despedida.
Mas este sentir poderá ser também feliz!
Como o sentimento que invade uma mãe ou um pai que dá adeus a um filho que
logo embarcará em direção a outro país, a fim de fazer uma viagem de
aprendizagem, de estudo, ou profissional.
Choram sim, de saudade, mas o sentimento que predomina no bom coração dos
pais é a felicidade pela oportunidade que estão recebendo, pois têm
consciência de que aquilo é o melhor para ele no momento.

* * *

Vivemos no aeroporto Terra.
Todos os dias milhares partem, milhares chegam.
Chegadas e partidas são inevitáveis.
O que podemos mudar é a forma de observá-las.


Texto da Redação do Momento Espírita com base no cap. Os portões de chegada,
do livro O que as águas não refletem, de Andrey Cechelero.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Agradecimento


Acordar de manhã com um sol lindo a iluminar a vida, escutar o canto dos pássaros e me deparar com o texto abaixo... Só tenho que agradecer a DEUS por este momento tão feliz de minha passagem!

Você existe...
Só respirar nessa existência maravilhosa constitui prova suficiente de que
A existência a ama, de que ela precisa de
Você, caso contrario você não estaria aqui.
Você existe! A existência a fez nascer.
Deve ter havido uma imensa necessidade e você preencheu um vazio.
Sem você e a existência seria menor.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Felicidade




Hoje, em jeito de confissão, quero apenas dizer que a felicidade não precisa de palavras.
Precisa apenas ser vivida.

Estou feliz.
Ponto.
Isso diz tudo...simplesmente porque sim, não é preciso razão... e se for, é só porque tenho asas para poder voar... a cada beijo, a cada toque.

E dou-me conta que alguem, muito antes de mim, descreveu o que sinto.


Deixo aqui o meu sorriso e o meu riso... só para partilhar. Só para confessar que a vida fica muito mais leve quando alguem nos dá a mão e nos faz acreditar que sim.
Outra vez... mais uma vez.

"Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu.
Tento entender o rumo que a vida nos faz tomar,
tento esquecer a mágoa...
guardar só o que é bom de guardar.

Pensa em mim, protege o que eu te dou.
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou...
sem ter defesas que me façam falhar,
...nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar.

Fica em mim, que hoje o tempo dói...
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei...

Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só...

Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado a cada lugar meu
e hoje, apenas isso, me faça acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega...
...quem não tem medo de naufragar...."

Mafalda Veiga

terça-feira, 10 de abril de 2007

Sábias palavras



"Quando damos um passo na direção de Deus, ele dá sete passos em nossa direção." (Provérbio Hindú)
------
Às vezes, num momento de sufoco, nos sentimos mergulhados
na escuridão dos sentimentos negativos.
Os problemas nos parecem mais graves e as soluções mais difíceis.
Mas, na verdade, nada está escuro ao nosso redor.
A ansiedade é que nos tira a capacidade de perceber a luz.
E no momento em que acalmamos o nosso coração,
começamos a encontrar as soluções para todos os problemas.
________________________

Quando surge um problema, você tem duas alternativas:
ou fica se lamentando, ou procura uma solução.
Nunca devemos esmorecer diante das dificuldades.
Os fracos se intimidam. Os fortes abrem as portas
e acendem as luzes.
(Dalai Lama)

Quanto maior a dificuldade, tanto maior o mérito em superá-la.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Renasceres



Do nada, quase sem darmos conta, a vida refaz-se.
Dentro de um coração que julgávamos sem vida, o sangue volta a pulsar, desejamos de novo rasgar a pele, oferecer sorrisos... desejamos viver.
Afinal, o nosso caminho cumpre-se. Afinal, o coração pode ficar leve outra vez...
Afinal, a vida sempre se encarrega de pôr tudo no lugar... sempre se juntam os pedacinhos que antes estavam partidos.

Sim, a vida cumpre-se, tem força para brotar outra vez, para fazer nascer o que pensávamos que tinhamos morto sem piedade.

São os amigos. Que estão sempre ali a rondar-nos a vida. Que vêm sem os chamar porque sabem que preciso, que me dão a mão sem perguntarem nada. Estão ali. Simplesmente.
Esses seres que nos povoam a vida. Que nos colorem os dias, que nos deixam chorar para depois me dizerem:
- Até quando chora é linda...
Mesmo sendo feia, torno-me bonita aos seus olhos. Talvez porque me vejam com o coração...

Eles que sabem ficar no silêncio, que mesmo que não entendam, fingem que sim....só para que me sinta a dividir a dor. Como se ela se pudesse dividir.
Que me tornam o fardo menos pesado. Que caminham comigo, que comigo esperam. Que comigo sofrem, riem e choram. Os amigos....
Que nos oferecem um carinho que viram algures e se lembraram de nós...
Os amigos que me telefonam às 4 horas da manhã porque sabem que estou triste e que ainda não consegui dormir. Que vão para minha casa fazer companhia e ouvir aquilo que já sabem de cor.
Os amigos que bebem o que nem gostam só para não me verem a beber sozinha....quando sabem que eu só quero esquecer, pelo menos por uma noite.
Os amigos que me dizem as palavras duras que não ferem porque sei que é por bem me quererem...
Os amigos que me perdoam as falhas porque me conhecem o coração.
Os amigos que me dizem:
- Por tua felicidade vai embora....eu prefiro ir a pé que te ver perder esta oportunidade de ser um pouco mais feliz, pelo menos por hoje.
Os amigos que me acompanham ao karaoke, que me aplaudem com um entusiasmo quase eufórico, mesmo que tenha cantado fora de tom.
Os amigos que me dizem:
- Não vá embora.
Os que dizem:
- Obrigado por ser minha amiga.
Os que me fazem chorar mesmo em dias felizes porque me dizem que gostam de mim, que sou a amiga zen, que sou tranquila, que tenho paciencia.
Os que brindam comigo "para que a vida seja sempre assim"...
Os que ficam comigo a ver o dia nascer só porque sabem que adoro esse momento mágico.
Os amigos...
Os amigos que querem matar os homens que me fazem sofrer, que me dizem:
- Se ele te magoou é porque não te merece, esquece-o....ele que se fo**...pior para ele que não te viu...
os amigos que me pedem e dão coragem.
Os que me deixam ser criança...que se descalçam comigo para pisar a relva, brincar só porque está imenso calor e não apetece ir para casa, sozinha.

A verdade é que o ser humano pode ser avaliado não pela quantidade de amigos que tem, ou diz ter, mas sim pelo amor que tem desses amigos sem lho pedir. E os amigos, são sempre um espelho. Cada um tem um pouco de nós.

E quem tem um amigo, nunca está só.


Como confissão: sou abençoada por estar rodeada de amigos. Poucos.... mas os melhores do mundo. São os meus...são os irmãos e irmãs que a vida me deu o poder de escolher.
Aqueles com quem não preciso dizer nada...porque eles sabem.
Os amigos que me amam deste jeito que sou... porque neste coração pequenino todos eles têm lugar... e mesmo na distância, nas horas vagas, há aquela força que não me deixa sentir sozinha...porque sei o que é ser-se e ter-se amigos de verdade.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Percepções



Perguntam-me numa forma delicada quando vou abrandar de vida. Que esta é desgastante, sempre numa correria louca para aproveitar cada pedaço de cada um. Não ficar simplesmente a dormir, a descansar, mas querer sempre sair, conversar, viver. Respondo-lhes que prefiro o mundo onde tudo é real. Mesmo a dor. Que não fico em casa, sentada em frente a um computador que não me dá mais nada a não ser dores de cabeça. Onde nada é palpável, onde nada tem cheiro nem sabor...Ser espectadora da solidão, do vazio, do silêncio pesado? Não creio...(Mas como segredo, sei que tem este cantinho onde venho escrever um pouco deste emaranhado de confusões que sou. Mas eles não sabem...)

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Frases e fases




"Eu sou uma mulher madura que às vezes brinca de balanço.
Eu sou uma criança insegura que às vezes anda de salto alto."
( Martha Medeiros)


Teu gozo e a tua dor são diretamente proporcionais ao uso que fazes da sua liberdade!
- Raquel -

terça-feira, 3 de abril de 2007

Páscoa



-------
A todos vocês que ainda aqui vêm, teimosamente. Pelo carinho ou pela curiosidade.
A ti que ficas aí protegido pelo monitor, escondido, nas sombras. Amigo sem rosto, amiga sem sorriso. Falando de ti sem ninguém saber quem és.
Como eu.

Uma Páscoa feliz. De coração.
Que esta época nos faça lembrar que podemos morrer muitas vezes em vida...que partes de nós podem morrer enquanto vivemos.

E mesmo assim, mesmo assim...
Há sempre o tempo de luto e depois, a hipótese da ressurreição.
-------

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Nova fase



Raquel - rumo ao novo!