Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



segunda-feira, 5 de março de 2007

Vilarejo

Num tempo tão caótico, quando nós nem paramos pra pensar em nós mesmos, quiçá no outro, ouvir Marisa faz bem n’alma.

A vida quando se apresenta da forma mais simples é tão mais linda e densa. Pena que nós, mortais em evolução neste planeta, nós distraímos e esquecemos que viver é um aprendizado colorido, e que é nossa responsabilidade escolher as cores e os pincéis. Borrões, assim somos nós na maior parte do tempo. O real parece distante quando está, e sempre esteve, aqui dentro de cada um que lê este post. Fuga? Negação? Talvez... Uma forma mais fácil de fingir que o colorido se fará por si próprio: alienação. Aí, acabamos sendo eternos rascunhos vazios!


Composição: Marisa Monte, Pedro Baby, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutos em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos

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