Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



terça-feira, 13 de março de 2007

Noite de segunda

22.30 – Sento-me a cama. Estou estourada. Não é fácil o caminho por onde me obrigo a seguir. A disciplinar o coração e a boca. Estou a aprender, pelo menos. A esconder os pensamentos e a deixar de falar dos sentimentos. Principalmente dos que vão alem do que conheço. Daqueles que não consigo explicar, que não lhe sei o nome. Por isso os calo em mim. Silencio-os. Ou são eles que já são silêncio porque alguém os calou. Aceito-os, mesmo sem saber o que são, sem entender o que fazem cá dentro de mim.

Em menos de nada, mergulho no cheiro a coisas limpas. A minha alma também podia ter ido à máquina de lavar.
Vou deitar-me e tentar dormir. Fechar os olhos para que, quem sabe, veja tudo melhor. Num vale tranquilo de lençóis, onde os pensamentos são livres e o coração deixa de ser meu. E tudo fica muito maior e muito alem do horizonte que posso alcançar.

Cansei o corpo… e vês como não pensei em ti?

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo, lindo, minha querida!
Lp