Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Recado ao Boêmio


No final do carnaval, paro e fico devaneando: será que a colombina teve mesmo seu pierrô apaixonado? Ou toda esta história não foi apenas o resultado, esplenderoso, duma noite de samba fértil na mente de Noel?
Sim, porque boêmios são humoristas do prazer e da irreverência, e no carnaval ficam mais e mais 'produtivos'... E as colombinas? Bem... Estas são 'raquéis' que não resistem ao charme destes poetas do samba e, sem o menor pudor, rendem-se aos encantos da melodia daqueles que a levam, literalmente, no bico, na flauta ou nas cordas de um violão...
Hoje, colombina chuta a rigidez que a engessa, e de posse duma licença poética momesma, permite-se rir da vida junto ao pierrô, a quem ela vê como o ingênuo, sentimental e romântico. Já fora das amarras do dia-a-dia, assume-se sem máscaras como uma caricatura de si mesma: sedutora e volúvel. Ela faz do pierrô apaixonado, o seu amante arlequim - palhaço tal como o cotidiano vigente, farsante tal qual a Colombina que, um dia, alguém pensou ser "santa".
Eis toda a arte de amar! Eis, Pierrô fantasista, a suprema criação de minha alma, também, de artista...

"Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade..." - Menotti


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