Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
Sex and the City friends
Quando se tem amigas que estao contigo nos momentos mais decisivos e levantam seu astral, a alma fica mais brilhante e a vontade de viver e acreditar no ser humano aumenta na velocidade das gargalhadas que damos juntos.
Cada uma com sua biografia, suas peculiaridades, seus medos apos os 30 anos...
Compartilhamos derrotas e sucessos, amores e desamores, encontros e desencontros... vidas!
Cada uma de nos foi a luta por nossos objetivos, e quando nos reunimos a sinergia contagia.
Somos e seremos mulheres sempre em busca da feliz idade, do amor, e da cumplicidade.
Obrigada pela amizade de cada uma de voces!
----------Rach
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Dentro de mim
Aos poucos, começa a doer baixinho...Ficam restos de tudo o que foi, do que ficou por ser.Colam-se devagar todos os cacos, vem a esperança, a força e a garra de viver.O sangue que corre nas veias, que nos obriga a rasgar a pele.E a minha vida, está toda aí, a chamar por mim.
Como confissão: nem sempre me é fácil olhar-me por dentro, nos espaços escuros de mim. É mais fácil ver-me pelos olhos de quem me quer bem, que me falam de todos os defeitos, de todas as virtudes.Depois, dou por mim nos lugares que amo, que me são especiais. Vejo o mar, escuro o canto dos passaros... e sei que tudo ficará maior.Arrasto comigo todos os amigos. Aqueles que me falam e os outros que me escrevem.Os amigos, aqueles que me fazem sentir que a vida não é existir sem mais nada. A vida serve para dar amor. Todos os tipos de amor.
Quem sabe...
Talvez no lugar da distância, a tua presença...
Talvez no lugar do nada, o tudo...
Se no lugar da saudade, tu.
Amigas...um brinde!
Porque existe a familia e os amigos. Os que estão sempre e os que tentam sempre estar.Porque existem as palavras meigas e os abraços apertadinhos que me fazem chorar.Porque existe um sentir que não estou só.Porque há outros passos que caminham ao meu lado e os sorrisos que me fazem continuar.Porque existe um dar de mãos que me obriga a acreditar que tudo irá correr bem.Porque existem os olhares de cumplicidade.Porque existe um amor e muitos tipos de amor.Porque há o ter pouco e nesse pouco ter tudo para me sentir feliz.
Um brinde. Por todas as coisas tão grandes que valem sempre a pena serem comemoradas. À vida... por si só. Apenas.
Nós e os nós...
Gosto de ti. Muito.Abraça-me.
Braços que abraçam outros braços em abraços apertados magoados ou vazios. Braços entre nós e laços entrelaçados em nós. Entre nós e os braços. Os laços.Os braços.E nós num nó perdidos no meio de nós. Nós cegos. Nós e os nós...
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Phenomenal Women - Happy B-day My Sis
Love, love, love
Palavras
domingo, 15 de novembro de 2009
Yesterday is gone
sábado, 14 de novembro de 2009
Migalhas
Não se assuste com as verdades que eu disser
Quem não percebeu a dor do meu silêncio
Não conhece o coração de uma mulher
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Quem começa um caminho pelo fim
Perde a glória do aplauso na chegada
Como pode alguém querer cuidar de mim
Se de afeto esse alguém não entende nada
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Não foi esse o mundo que você me prometeu
Que mundo tão sem graça
Mais confuso do que o meu
Não adianta nem tentar
Maquiar antigas falhas
Se todo o amor que você tem pra me oferecer são migalhas
Migalhas
Eu não quero mais ser da sua vida
Nem um pouco do muito de um prazer ao seu dispor
Quero ser feliz
Não quero migalhas do seu amor
Do seu amor
Sinto muito mas não vou medir palavras
Sinto muito
Hoje
Há dias assim. Terriveis. Dias que não chegam ao fim e quando chegam, parece que ainda nem começaram. A cabeça num rodopio, os nervos miudinhos a aflorarem a pele. Dias como o de hoje em que só queria...Não sei. Nem sequer sei o que queria.
Talvez que tudo ficasse suspenso. Como os jardins da Babilónia em jeito de maravilha. Como quando em crianças inspiramos muito antes de mergulhar e nem sabemos o que aconteceu, como se não existissemos lá em baixo. Apenas sabemos que estivemos debaixo de água quando os olhos aflitos e a respiração a encher de rompante os pulmões, quando já à tona de água. Como um inspirar de vida e depois, nada.Ir ali só para morrer um bocadinho e depois voltar. Sabes como é?
Talvez que o mundo parasse. O relógio ficasse quieto, que ao meu redor tudo ficasse mudo.Para não ouvir. Para não sentir. Para não falar. Para não pensar. Não sorrir. Não amar.Nada.Ficar encolhida num canto sem medo de nada porque nada mexe, nada avança, nada existe.Quieta apenas.
Dias em que pudesse por momentos, não viver.Hoje, não me apetece viver.Sem que isso signifique morrer ou querer morrer.
Deve soar-te estranho. Mas hoje, nem sequer quero explicar.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Para voce
Raquel Plural
Talvez hoje ainda não saiba se os caminhos por onde segui foram os melhores, nem sequer se os passos pequeninos que dei foram os erros maiores.
Talvez hoje ainda não saiba se o futuro tem fututro ou se o meu futuro é o segundo seguinte e que depois, termina. Ou começa.
Talvez hoje ainda não saiba se há algum patamar onde desejo chegar ou se vejo o mundo como algo demasiado pequeno para mim nas horas boas, ou grande demais nas outras.
Talvez hoje ainda não saiba que no olhar tudo mudou. Que vejo a vida muitas vezes com olhos que não são meus e que a vivo a esquecer o que sou, onde estou, onde fiquei ou onde me perdi... a desejar, entre um dia e outro, a ver de novo o mundo pelos meus olhos.
Talvez hoje já nem queira entender porque comecei a aceitar. Ou talvez apenas queira aceitar os outros e compreender-me. Mas tambem não sei... Se calhar, quando chegar o fim, vou olhar para trás, se tiver tempo e lucidez, e perceber que passei toda a vida enganada. Mas vou ter a certeza que nunca enganei ninguem...
Talvez hoje ainda não saiba qual o sentido da minha vida nem se a minha vida tem sentido algum. E às tantas deixei de pensar nisso.
Talvez hoje ainda não saiba porque sempre me custa desistir, baixar os braços. Porque é que, a esta altura, ainda me dói ver quem amo partir. E olho para trás, arriscando-me a ser transformada em estátua de sal, e analiso a vida. Tão dura... tão frágil...
Talvez hoje ainda não saiba que sim. Que as pedras no caminho, me permitiram construir o meu castelo. Que os dedos que me apontaram me fizeram mais forte, que as lágrimas que derramei, afinal, não foram em vão. Que a saudade é apenas um sentimento que nos faz chorar. Que é mais fácil levantarmo-nos quando nos dão a mão.
Talvez hoje ainda não saiba que os muros que pensei intransponiveis afinal, se derrubavam com um sopro e que nos dias de desânimo ganhei coragem para outros ainda piores e que as dores e traições me deixaram saborear dias de amor.
Mas hoje, nas duvidas constantes, tenho certezas presentes. Esqueci o passado. Pouco me importa o futuro, mas no meu presente, aqui e agora enquanto escrevo, sinto aquela tranquilidade que tantas vezes procurei.
Estranha no corpo
"O corpo não espera (por nós ou pelo amor).
Falar do
corpo... do corpo, na sua relação consigo, com o outro, com o amor. Do corpo
como lugar de encontro e desencontros. Lugar de memórias, de esquecimentos, de
mudanças e resistências a mudanças... lugar de desejos, de entrega... e (também)
de solidão..."
Saudade: a falta presente
Hoje... 6 meses e 8 dias.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Lost in Translation
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Quero ser!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Mudança
"Aceitar-me plenamente? É uma violentação de minha vida. Cada mudança, cada projeto novo causa espanto:meu coração está espantado. É por isso que toda minha palavra tem um coração onde circula sangue." - C.L.
Pausa.
Pensamentos desordenados, vento de lembranças, chuva de emoções, alma molhada, e boca seca aqui.
Ouço pássaros, vejo as caixas, os sacos etiquetados, corro os olhos por cada parede, cada arvore do pomar, cada memória daqui, do que vivi aqui.
Cheguei um menina de 20 e poucos, com pai, mãe, avó, familia linda.
Saio uma mulher de 30, sozinha.
Minha familia virou uma constelação de estrelas no céu a me guiar.
O caminhão da mudança chegará em breve. Ainda não desliguei o computador.
Quero registrar este meu momento. Sabe quando você vai partir e as mãos ficam geladas?
Minha casa hoje é o mundo. Tenho a necessidade de ser amiga das palavras. Elas me arrancam esta angústia do peito e a transforma em texto, em pedaços de mim legíveis aos outros.
Sou difícil de ser lida. Nem eu mesma me percebo. Sinto em línguas que meu cérebro ainda não sabe, não decodifica.
A vida depois destes 4 anos mudou de sentido, de eixos pra mim.
Escrevo. Apago.
Eu me edito. Engraçado.
E as mãos seguem frias aqui.
Outra pausa. Agora porque minha melhor amiga me ligou. Outra partida, ela vai morar na cidade dela de origem.
O enterro da minha mãe parece ter mexido com as emoções dela, e foi uma ponte entre a vida do corpo e os pensamentos da alma.
Volto ao texto, mas antes desejo a você amiga a melhor das rotas em sua vida.
As mãos já estão mais quentes. Vi sabiás na janela enquanto falava ao telefone.
Invejo os pássaros. Eles voam e se sustentam no ar.
Eu vôo, e me sustento nas emoções. Na verdade, me enveredo nas camadas de mim mesma. Sou um labirinto, meus amigos as laternas.
Ainda tenho caixas para empacotar. Em qual delas guardarei meus sonhos?
Levo novos sonhos daqui. Minha persona ganhou novas máscaras, meu palco ficou mais iluminado, meu enredo mais rico.
Eu, uma mulher de 30, rumo a minha felicidade.
Eu, espírito livre e com todas as chances do mundo.
Eu, e a saudade que adoça meu ser.
Eu, Raquel rumo ao novo.
Raquel Oliveira - 29/07/09
domingo, 26 de julho de 2009
Estações de mim
Os dias andam assim... devagar, frios, escuros. Atormentam as horas que se enroscam na pele e não deixam respirar.
E eu a sentir-me metade de alguma coisa enquanto me sinto um tudo de nada...
Sempre que chega o inverno do corpo, inevitavelmente me vem à lembrança esta história que me acompanha há tantos anos: as primaveras e verões de minha alma.
E depois, chegam outras de mansinho à memória: as de outono, das frutas e folhas que amadureceram e cairam.
Histórias que podiam ter sido e não foram.
Não por falta de amor ou de algo maior. Mas por falta de coragem. Por falta de uma palavra, de uma atitude, por falta de qualquer coisa que fizesse durar e deixar que esse amor seguisse em frente. O esvoaçar de mil borboletas no estômago que nem sempre nos deixam ver mais alem.
Histórias que ficam sem futuro para contar por falta de alguma coisa. Por vezes é assim... falta sempre alguma coisa.
São os destinos que poderíamos ter e não temos. Que escolhemos em cada hora. Quando temos oportunidade, quando nos dão oportunidade sem saber sequer que a estamos a ter ou outras vezes, em que temos que lutar por uma oportunidade e fazer alguma coisa por esse amor.
Mil destinos que podíamos ter, neste instante. Que nos fazem passar a vida muitas vezes sem pensar mais nisso e noutras a perceber que ficou por viver apenas porque nada se fez por isso.
Amar, só, não basta.
Mas o amor já se sabe... é o sol de minh'alma.
Rach
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Half the Perfect World
Composição: Madeleine Peyroux
Every night he'd come to meI'd cook for him, I'd pour his tea
I was in my thirties then
Had made some money, lived with men
We'd lay us down to give and get
Beneath the white mosquito net
And since no counting had begun
We lived a thousand years in one
The candles burned
The moon went down
The polished hill
The milky town
Transparent, weightless, luminous
Uncovering the two of us
On that fundamental ground
Where love's unwilled, unleashed, unbound
And half the perfect world is found
quarta-feira, 24 de junho de 2009
Feliz Natal seu, anjo bom!
Eu ouvia os versos da música:
"E até quem me vê lendo o jornal na fila do pão sabe que eu te encontrei..."
Mas... Nenhuma imagem via, nenhum eco de sentimento soava cá dentro de minh'alma.
Era só uma canção. Distante, sem estas ondas de saudade que inundam o ser, sem calafrios que paralizam meus pensamentos e sem este calor no peito que faz meu coração balzquiano voltar a bater num compasso de...entrega, serenidade e paz.
Ou ainda, eu achava rídiculo:
"Teus olhos abrem pra mim
Todos os encantos bons
Tudo que se quer vai lá
Eu vi na terra
Você chegando assim
Assim, de um jeito tão sereno"
Então, acontece... Sem que você espere, conhece alguém que chega devagar e vai tomando um espaço que parecia estar esperando por ele...
Seu sorriso ilumina meu blues, dá norte ao meu caminhar, e me trouxe de volta à vida.
Amo.
Um brinde. Por todas as coisas tão grandes que valem sempre a pena serem comemoradas. À vida... por si só. Apenas.
Feliz aniversário!
P.S.: estou me apaixonando... mas já seria óbvio, não?
terça-feira, 23 de junho de 2009
Mulheres
"Claro que as mulheres podem tudo, está sacramentado. Mas será que devemos querer tudo ?
Onde foi parar nosso critério de seleção ? Já não sabemos distinguir o que é prioridade e o que pode ficar em segundo plano: tudo virou prioridade. E só uma mulher supersônica consegue ter eficiência absoluta em todos os quesitos: melhor mãe, melhor amiga, melhor filha, melhor namorada, melhor esposa, melhor profissional, melhor dona de casa e melhor bunda.
É morte por exaustão na certa.
(Martha Medeiros)
sábado, 13 de junho de 2009
Beleza
quinta-feira, 11 de junho de 2009
"A Escola de Vidro" - Ruth Rocha
Naquele tempo eu até que achava natural que as coisas fossem daquele jeito. Eu nem desconfiava que existissem lugares muito diferentes...
Cada menino ou menina tinha um vidro e o vidro não dependia do tamanho de cada um, não! O vidro dependia da classe em que a gente estudava.
Se você estava no primeiro ano ganhava um vidro de um tamanho. Se você fosse do segundo ano seu vidro era um pouquinho maior. E assim, os vidros iam crescendo à medida em que você ia passando de ano.
Se não passasse de ano era um horror. Você tinha que usar o mesmo vidro do ano passado. Coubesse ou não coubesse. Aliás, nunca ninguém se preocupou em saber se a gente cabia nos vidros. E pra falar a verdade, ninguém cabia direito.
Uns eram muito gordos, outros eram muito grandes, uns eram pequenos e ficavam afundados nos vidros, nem assim era confortável. Os muito altos, de repente se esticavam e as tampas dos vidros saltavam longe, às vezes até batiam no professor. Ele ficava louco da vida e atarraxava a tampa com força, que era pra não sair mais.
A gente não escutava direito o que os professores diziam, professores não entendiam o que a gente falava... As meninas ganhavam uns vidros menores que os dos meninos. Ninguém queria saber se elas estavam crescendo depressa, se não cabiam nos vidros, se respirava direito.
A gente podia respirar direito na hora do recreio ou na aula de educação física. Mas aí a gente já estava desesperado de tanto ficar preso e começava a correr, a gritar, a bater uns nos outros. As meninas coitadas, nem tiravam os vidros no recreio. E na aula de educação física elas ficavam atrapalhadas, não estavam acostumadas a ficarem livres, não tinham jeito nenhum para a educação física.
Dizem, nem sei se é verdade, que muitas meninas usavam vidros até em casa. E alguns meninos também. Estes eram os mais tristes de todos. Nunca sabiam inventar brincadeiras, não davam risada à toa, uma tristeza! Se a gente reclamava? Alguns reclamavam. E então os grandes diziam que sempre tinha sido assim; ias ser assim o resto da vida.
Uma professora, que eu tinha dizia que ela sempre tinha usado vidro, até para dormir, por isso é que ela tinha boa postura. Uma vez um colega meu disse pra professora que existe lugares onde as escolas não usam vidro nenhum, e as crianças crescem à vontade. Então a professora respondeu que era mentira, que isso era conversa de comunistas. Ou até coisa pior..
Mas uma vez, veio para a minha escola um menino que parece que era favelado, carente, essas coisas que as pessoas dizem pra não dizer que é pobre. Aí não tinha vidro pra botar esse menino. Então os professores acharam que não fazia mal, não, já que ele não pagava a escola mesmo...
Então o Firuli, ele se chamava Firuli, começou a assistir as aulas sem estar dentro do vidro. O engraçado é que Firuli desenhava melhor que qualquer um, o Firuli respondia as perguntas mais depressa que os outros, o Firuli era muito mais engraçado... e os professores não gostavam nada disso... afinal, o Firuli podia ser um mal exemplo para nós...
E nós morríamos de inveja dele que ficava no bem-bom, de perna esticada, quando queria ele se espreguiçava e até meio que gozava da cara da gente que vivia preso.
Então um dia um menino da minha classe falou que também não ia entrar no vidro. Dona Demência ficou furiosa, deu um coque nele e ele acabou tendo que se meter no vidro como qualquer um. Mas no dia seguinte duas meninas resolveram que não iam entrar no vidro também: - Se o Firuli pode porque é que nós não podemos:
Mas dona Demência não era sopa. Deu um coque em cada uma delas e lá se foram elas, cada uma pro seu vidro... Já no outro dia a coisa tinha engrossado. Já tinha oito meninos que não queriam saber de entrar nos vidros. Dona Demência perdeu a paciência e mandou chamar seu Hermenegildo que era o diretor lá da escola.
Seu Hermenegildo chegou muito desconfiado: - Aposto que essa rebelião foi fomentada pelo Firuli. É um perigo esse tipo de gente aqui na escola. Um perigo! A gente não sabia o que queria dizer fomentada, mas entendeu muito bem que lê estava falando mal do Firuli.
E seu Hermenegildo não conversou mais. Começou a pegar os meninos um por um e enfiar dentro do vidro. Mas nós estávamos loucos pra sair também e pra cada um que ele conseguia enfiar no vidro já tinha dois fora. E todo mudo começou a correr do seu Hermenegildo, que era pra ele não pegar a gente e na correria começamos a derrubar os vidros.
E quebramos um vidro, depois quebramos outro e outro mais e Dona Demência já estava na janela gritando: SOCORRO! VÂNDALOS! BÁRBAROS! Pra ela bárbaro era xingação. Chamem os Bombeiros, o Exército de Salvação, a Polícia Feminina...
Os professores das outras classes mandaram, cada um, um aluno para ver o que estava acontecendo. E quando os alunos voltaram e contaram a farra que estava na 6ª série todo mundo ficou assanhado e começou a sair do vidro.
Na pressa de sair começara a esbarrar uns nos outros e os vidros começaram a cair e quebrar. Foi um custo botar ordem na escola e o diretor achou melhor mandar todo mundo pra casa, que era pra pensar num castigo bem grande, pro dia seguinte. Então eles descobriram que a maior parte dos vidros estava quebrada e que ia ficar muito caro comprar aquela vidraria toda de novo.
Então diante disso seu Hermenegildo pensou um bocadinho e começou a contar pra todo mundo que em outros lugares tinha umas escolas que não usavam vidro nem nada. E que dava bem certo, as crianças gostavam bem mais.
E que de agora em diante ia ser assim: nada de vidro, cada um podia se esticar um bocadinho, não precisava ficar duro nem nada, e que a escola agora ia se chamar Escola Experimental.
Dona Demência que apesar do nome não era louca nem nada, ainda disse timidamente: - Mas seu Hermenegildo, Escola Experimental não é bem isso...
seu Hermenegildo não se perturbou: - Não tem importância, A gente começa experimentando isso, depois a gente experimenta outras coisas...
Foi assim que na minha terra começaram muitas coisas que um dia ainda vou contar.
O que é o Amor
Hoje o amor começa novamente a crescer dentro do meu ser.
Tempo que não sentia estas borboletas cá dentro da barriga...
E lá vou eu, mais uma vez, nesta aventura deliciosa e linda que é amar!
---------------------------------------
Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar
Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor
Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor
Arlindo Cruz / Maurição / Fred Camacho
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quinta-feira, 5 de março de 2009
Creative Commons: What every Educator needs to know
From now on, I am sharing with you some of the greatest ideas I found while teaching and learning English!
I hope you all really enjoy it!!!
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Re-inveting myself!
Cada um desperta em mim a Raquel que merece... E quer saber? Quanto mais eu mudo, mais me torno eu mesma!
FELIZ 2009!!!
-------------------
" Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente
Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda
Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes
Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga
Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema
Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você
Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda"
Marisa Monte e Nando Reis
(Gerânio)