Os dias andam assim... devagar, frios, escuros. Atormentam as horas que se enroscam na pele e não deixam respirar.
E eu a sentir-me metade de alguma coisa enquanto me sinto um tudo de nada...
Sempre que chega o inverno do corpo, inevitavelmente me vem à lembrança esta história que me acompanha há tantos anos: as primaveras e verões de minha alma.
E depois, chegam outras de mansinho à memória: as de outono, das frutas e folhas que amadureceram e cairam.
Histórias que podiam ter sido e não foram.
Não por falta de amor ou de algo maior. Mas por falta de coragem. Por falta de uma palavra, de uma atitude, por falta de qualquer coisa que fizesse durar e deixar que esse amor seguisse em frente. O esvoaçar de mil borboletas no estômago que nem sempre nos deixam ver mais alem.
Histórias que ficam sem futuro para contar por falta de alguma coisa. Por vezes é assim... falta sempre alguma coisa.
São os destinos que poderíamos ter e não temos. Que escolhemos em cada hora. Quando temos oportunidade, quando nos dão oportunidade sem saber sequer que a estamos a ter ou outras vezes, em que temos que lutar por uma oportunidade e fazer alguma coisa por esse amor.
Mil destinos que podíamos ter, neste instante. Que nos fazem passar a vida muitas vezes sem pensar mais nisso e noutras a perceber que ficou por viver apenas porque nada se fez por isso.
Amar, só, não basta.
Mas o amor já se sabe... é o sol de minh'alma.
Rach
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