Estou num laptop sem acentos, em lingua estrangeira. Isto ja reflete um pouco do que minha vida tem sido por hora.
Uma estrangeira em mim.
Mergulho nas cidades e estados de mim mesmo, e saio delas sempre com a sensacao, ou perspectiva, de quao relativas sao as nocoes de tempo, espaco e realidade.
Vivo os dias com uma vontade de sugar cada instante, cada minuto, cada experiencia como se no proximo eu nao mais aqui nesta Terra fosse estar.
Desgarrada de meus entes queridos, lost... in translation.
Buscando-me no trabalho a ocupar a mente para sanar as saudades que me inundam.
As duvidas dor porvir, e, ao mesmo tempo, a fe de que tudo passa.
Ate mesmo este momento meu, tao conturbado e repleto de desafios que mal saio de um caio em outro.
Estou num laptop, meu corpo proibido de sair da cama.
Muletas para o corpo.
Para a alma preciso caminhar, com ela estou firme e guiada por minhas estrelas no ceu.
Para onde vou? Ainda nao sei... O tempo vai me mostrar a saida deste caminho, melhor, desta trilha pela qual me embrenhei.
Gente e bicho estranho. E como sou gente, assumo, sou estranha: estrangeira dentro de mim.
Raquel Oliveira
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