Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Meu corpo é um lugar estranho...






"O corpo não espera (por nós ou pelo amor).
Falar do corpo... do corpo, na
sua relação consigo, com o outro, com o amor. Do corpo como lugar de encontro e
desencontros. Lugar de memórias, de esquecimentos, de mudanças e resistências a
mudanças... lugar de desejos, de entrega... e (também) de solidão..."



Sabem para que servem as caixas de sapatos?

Não, não servem para guardar sapatos.

Os sapatos, pelo menos para nós, mulheres, são peças preciosas, mas na verdade as suas caixas servem para guardar coisas ainda mais valiosas.


Foi numa caixa de sapatos que encontrei um guardanapo de café escrito.

Abri com cuidado não sabendo o que podia encontrar.

E encontrei isto.

Não sei onde li nem sequer quem escreveu. O que é pena.


Sei que está escrito por mim, numa altura qualquer.

Num lugar qualquer que li, copiei e guardei.


E se estava dentro de uma caixa de sapatos, é porque é importante.

Pelo menos um dia, foi.


É engraçado isto de mudanças.

Encontramos tudo e percebemos que guardamos coisas que nem sabemos que temos.


O corpo, é realmente um lugar estranho que nos faz guardar em lugares ainda mais estranho coisas que tempos depois, nos parecem mesmo estranhas...

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