Nas construções que vou fazendo por dentro de mim, não deixo de ver que lá fora, tudo anuncia um outono...
E cá dentro de mim, as amarras que nem sempre nos podem prender, vão-se soltando, devagar.
Aos poucos, começa a doer baixinho...
Ficam restos de tudo o que foi, do que ficou por ser.
Colam-se devagar todos os cacos, vem a esperança, a força e a garra de viver.
O sangue que corre nas veias, que nos obriga a rasgar a pele.
E a minha vida, está toda aí, a chamar por mim.
Como confissão: nem sempre me é fácil olhar-me por dentro, nos espaços escuros de mim. É mais fácil ver-me pelos olhos de quem me quer bem, que me falam de todos os defeitos, de todas as virtudes.
Depois, dou por mim nos lugares que amo, que me são especiais. Vejo o mar, a Pedra da Gávea... e sei que tudo ficará maior.
Arrasto comigo todos os amigos. Aqueles que me falam e os outros que me escrevem.
Os amigos, aqueles que me fazem sentir que a vida não é existir sem mais nada.
A vida serve para dar amor. Todos os tipos de amor.
E é por amor que me modifico a cada dia...
Um comentário:
Que poesia linda! Cai em minh'alma como gotas de chuva no deserto, penetrando e irrigando todo solo do meu viver.
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