Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Curitiba...

O céu claro indicava que seria um vôo tranqüilo. Como criança deslumbrada em seu primeiro vôo fiz questão da janelinha e pelo vidro embaçado me diverti tentando reconhecer ruas, prédios, bairros. As praias eram o mais fácil de se reconhecer, uma ia sucedendo a outra até o momento que a faixa de terra se tornou mínima e logo foi envolvida pelo intenso azul do mar. Um azul que me lembrou você. Quantas vezes nos sentimos, e estivemos, juntos quando existia entre nós toda uma distância? E foi justamente em uma vez que estávamos, de fato, juntos que nos separamos. Dez centímetros de cama multiplicaram-se por anos luz e a nossa viagem terminou. Foi curta a nossa viagem. Por demais curta... Ou talvez, tenha sido longa para a intensidade com que a vivemos. Relembro-a e ao relembrá-la, sinto-me acalentada por você. Seus braços firmes ao meu redor, sua voz pausada e firme ao meu ouvido e seus lábios doces a brincar com os meus. Sorrio mesmo sabendo que já não é meu o seu amor, que já não sou eu a sua paixão, já não é para mim o seu carinho. Não é mais, mas mesmo assim sorrio. Sorrio porque, afinal, ainda o amo, mas isso já não me dói mais.

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