Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Tu



" A distância é um fogo onde vou chegar
num abraço fechado para te levar
Por campos abertos, por onde puder
levar-te por dentro para não te perder.


Nem com mil tormentas
que arrasem o mundo.

Em qualquer lado onde quer que eu vá
levo no corpo o desejo de te abraçar
Em toda a parte
onde quer que o sonho me leve
hei-de lembrar-me de ti.
Por outros caminhos hei-de vaguear
num abraço fechado para te levar.
E há uma canção
que um dia aprendi
eu hei-de cantá-la
a pensar em ti..."

Em jeito de página escrita, posso dizer que estou cheia de saudades. Posso dizer que esta distância que sinto no corpo não a sinto na alma e mesmo assim, trago no peito a ansiedade de quem espera por um abraço que tarda em chegar.
Saio sozinha, bebo meu chopp escuro, leio, rasbico notas no guardanapo do bar. Canto, brindo, salto, rio... Canso o corpo e não consigo dar descanso à alma.
É que sabes?, nada tem o mesmo sabor. Ocupo o tempo e os espaços em branco e falta sempre um "tu".
Sei que para quem espera, o tempo corre devagar. Mas a mim, parece-me que é mais que tempo de deixar de esperar.
Volta depressa...

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