Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Chove...

Chove. Com meus pés submersos nas águas da poça mais funda da calçada percebo que chove. Chove por fora. Por dentro, um angustiante e abafado dia de um verão nublado. Nuvens minhas que não chovem, nuvens outras que me molham. Congelados por fora, os pés não me movem. Fervendo por dentro, a cabeça não me orienta. Perdida. Dentro de uma abafada poça de verão, vejo chover pelos meus olhos. Desce a chuva por fora e eu sinto secas as lágrimas que rolam por dentro de mim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.

...

E assim Fernando Pessoa...

Um bj em vc; linda, culta e (cheirosa...) escritora.