Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Deixa-me sonhar...

Fim de semana longo, este. Tantas horas vagas, tantas coisas que me fariam e me fizeram feliz.
A chuva cai sem tréguas... e eu, que cá por dentro, só queria um amor... Grande.
O homem que me fizesse sentir um grande amor, que tivesse por mim um grande amor;
Um desses de cinema...


E deixo-me guiar pelo sonho que me resta... quando só queria viver este sonho contigo. Sem reservas, sem pudor.
É que sinto sempre em mim que tu e eu nunca já quase somos nós, mas ainda não tentamos, sabe? E talvez por isso tenha este aperto que me faz sentir que apenas estou a adiar a vida ou o momento em que me possa perder em ti para que depois, quem sabe, me encontre e tenha a certeza que as histórias bonitas não são para eu viver.
Queria saber. Queria viver para saber. Será pedir demais?
A verdade é que não te tenho... nem tenho ninguem. Que não sou tua... nem de ninguem.
E nestes dias que são eternidade, sinto a falta. Falta dos momentos de plena liberdade dos sentidos que já não me recordo de viver... mas vivo com você.
É quase sentir-me só, sem ser solidão.

Tivesses tu a coragem. Tivesses tu o desejo. Tivesses tu a vontade. E os tem, eu sei, nós sabemos...

Se um dia você se transformar numa gaivota e voar para longe de mim de novo, tenha eu o meu coração ainda livre para te acompanhar nesse bater de asas e voar....

Mas hoje, queria deitar-me num banho tranquilo e saber-te aqui perto. Sentir-te meu. Por uma noite que fosse. Só para que depois podesse saber e seguir caminho sem sentir sempre esta corrente que me prende, quando nada há que me possa prender.


Deixa-me sonhar... sonhar com coisas que adoro e já não lembro de fazer. Os desejos pequenos que fazem sentir que afinal vale a pena.
Quem sabe um dia?

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