Fim de semana longo, este. Tantas horas vagas, tantas coisas que me fariam e me fizeram feliz.
A chuva cai sem tréguas... e eu, que cá por dentro, só queria um amor... Grande.
O homem que me fizesse sentir um grande amor, que tivesse por mim um grande amor;
Um desses de cinema...
E deixo-me guiar pelo sonho que me resta... quando só queria viver este sonho contigo. Sem reservas, sem pudor.
É que sinto sempre em mim que tu e eu nunca já quase somos nós, mas ainda não tentamos, sabe? E talvez por isso tenha este aperto que me faz sentir que apenas estou a adiar a vida ou o momento em que me possa perder em ti para que depois, quem sabe, me encontre e tenha a certeza que as histórias bonitas não são para eu viver.
Queria saber. Queria viver para saber. Será pedir demais?
A verdade é que não te tenho... nem tenho ninguem. Que não sou tua... nem de ninguem.
E nestes dias que são eternidade, sinto a falta. Falta dos momentos de plena liberdade dos sentidos que já não me recordo de viver... mas vivo com você.
É quase sentir-me só, sem ser solidão.
Tivesses tu a coragem. Tivesses tu o desejo. Tivesses tu a vontade. E os tem, eu sei, nós sabemos...
Se um dia você se transformar numa gaivota e voar para longe de mim de novo, tenha eu o meu coração ainda livre para te acompanhar nesse bater de asas e voar....
Mas hoje, queria deitar-me num banho tranquilo e saber-te aqui perto. Sentir-te meu. Por uma noite que fosse. Só para que depois podesse saber e seguir caminho sem sentir sempre esta corrente que me prende, quando nada há que me possa prender.
Deixa-me sonhar... sonhar com coisas que adoro e já não lembro de fazer. Os desejos pequenos que fazem sentir que afinal vale a pena.
Quem sabe um dia?
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