Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Partner? This is for you...

I got to thinking about relationships. There are those that open you up to something new and exotic, those that are old and familiar, those that bring up lots of questions, those that bring you somewhere unexpected, those that bring you far from where you started, and those that bring you back. But the most exciting,
challenging and significant relationship of all is the one you have with yourself. And if you find someone to love the you you love, well, that's just fabulous.

Iemanjá: pq amanhã é dia dela...



Iemanjá mandou me chamar. Coloquei então uma roupa branca e fui em direção à praia para atender ao chamado da rainha do mar. Com a barra do vestido levantada, os pés na água salgada, flores, fé e esperança, prestei minha homenagem.
Nas flores brancas, o desejo de paz e serenidade para seguir meus caminhos. Nas amarelas, a representação da força, da energia e da luz do sol que quero trazer para minha vida. As rosas, para abrir caminho para o amor. Amar e se amada. Sempre. Já as vermelhas, cor da paixão, para trazer a intensidade, o envolvimento e a entrega.
As ondas levaram cada uma delas lentamente. Junto, foram lembranças e expectativas, passado e futuro. E, cíclico como é, o mar me trará de volta, além da surpresa, do novo e do desconhecido, a renovação, o que ainda não pereceu. No balanço das ondas, os frutos das sementes que plantei.

Chove...

Chove. Com meus pés submersos nas águas da poça mais funda da calçada percebo que chove. Chove por fora. Por dentro, um angustiante e abafado dia de um verão nublado. Nuvens minhas que não chovem, nuvens outras que me molham. Congelados por fora, os pés não me movem. Fervendo por dentro, a cabeça não me orienta. Perdida. Dentro de uma abafada poça de verão, vejo chover pelos meus olhos. Desce a chuva por fora e eu sinto secas as lágrimas que rolam por dentro de mim.

Intensa

O tempo todo escuto das mais variadas pessoas uma mesma observação: você é, você é... diferente.

Algumas dizem isso com a cara assustada, como se não soubessem lidar com alguém que escreve com tanta transparência sobre a própria vida. Será que, se eu der bom dia para essa menina, ela vai escrever um conto sobre mim?

Me olham como se eu fosse perigosa, louca, estranha.

Outras me olham como se tirassem sarro de mim, como se dissessem, sem dizer, que, já que eu resolvi deixar minha alma pelada por aí, eu mereço mais é que riam mesmo dos meus defeitos. E no fundo, essas pessoas, eu sempre soube, morrem de medo de ver alguém tão parecido com elas exposto ao mundo da maneira mais humana possível. Com celulites, manias, medo de não ser amada, fracassos, vitórias alarmadas sem medo do egocentrismo e desejos estranhos.

Tem também um ou outro mais limitado que não entende absolutamente nada do que eu escrevo e me pergunta "Mas e aí? Quando você casar, tiver filhos... vai escrever sobre o quê?", achando que a busca ou a angústia por algo inexplicável (e basta estar vivo para sentir tudo isso) acabam com alguma decisão como assinar um papel.

E minha família, mais especificamente minha mãe, sempre teve muito medo que eu sofresse com minha personalidade, escolha profissional ou seja lá o que for essa coisa que me faz escrever tanto sobre mim e sobre tudo o que me acontece.

Medo de eu me preservar menos que as outras pessoas e encher de armas os inimigos para ser bombardeada depois. Medo de eu não ser compreendida ou respeitada justamente porque tem sempre algum desavisado machista que acha que eu escrevo pura e simplesmente sobre sacanagem. Ela, e meu pai deve tb conversar assim lá com São Pedro, sempre me diz, quando reclamo que não existe homem para mim, "com seu jeito, você deve assustar 98% dos pretendentes".

A única que sempre esteve muito bem resolvida em relação a esse assunto e nunca teve um segundo de dúvida quanto ao caminho escolhido fui eu mesma. Eu, do fundo do meu coração, tenho um orgulho absurdo de ser quem eu sou. Tenho um orgulho absurdo de transformar tudo o que dói em mim em poesia, ao invés de sair transando com o primeiro babaca (não que eu já não tenha feito isso e escrito sobre isso e blá-blá- blá...), encher a cara, me drogar ou simplesmente fazer de conta que nada está acontecendo, nada me atinge e eu sou superior a dor. Dói mesmo, eu me apaixono mesmo, eu sou intensa mesmo, eu me ferro mesmo, às vezes eu ferro as pessoas mesmo. Tudo é bom, tudo é vazio, tudo é bom de novo. Viver é um absurdo e não dá pra passar por isso tão ileso.

Mas do que tenho orgulho mesmo é de ter construído um mundo onde qualquer pessoa, da mais incrível à mais idiota, possa virar personagem. E de ter construído um mundo onde todos os sentimentos viram enredos com trilhas e a direção de arte certa. Dos sentimentos mais banais àqueles que nos fazem querer se rasgar inteira ou abraçar o mundo. Um mundo onde o por acaso, o cotidiano, o qualquer, o cinza, tudo pode ser motivo para gostar mais ou sentir mais a vida.

E nesse mundo, onde as pessoas acham que eu vivo nua para quem quiser me ver de todos os ângulos e me explorar e me sentir e me provar e me sacanear. Nesse mundo, eu vivo bem escondida e protegida. Ou você achou mesmo que eu construiria um castelo tão escancarado sem ter pensando na fortaleza perfeita para mantê-lo intacto?

O poder sa escrita



Escrever conduz-me por caminhos outrora desconhecidos.
Faz-me sonhar,
desejar, libertar
dúvidas,
fraquezas,
paixões...
Leva-me a
visitar sentimentos usando palavras nunca pronunciadas.
Palavras de múltiplos sentidos,
palavras únicas no seu contexto,
palavras
que voam,
que dançam,
que flutuam
e se libertam de medos e preconceitos.
Palavras que se libertam da mente
pelos dedos que as escrevem,
pela tinta que as marca para sempre.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Leve...


Leve - Chico Buarque

Ainda que o muito lindo tenha se transformado em muito triste, ninguém precisa morrer de amor.

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Estados

"Gosto dos venenos mais lentos! Das bebidas mais fortes! Das drogas mais poderosas! Dos cafés mais amargos! Tenho um apetite voraz. E os delírios mais loucos. Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: E daí? Eu adoro voar!" - C.L.



Algumas coisas boas da vida...

  • Apaixonar-se.
  • Rir tanto até que as faces doam.
  • Um chuveiro quente.
  • Um supermercado sem filas.
  • Um olhar especial.
  • Ouvir a nossa música preferida no rádio.
  • Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
  • Toalhas quentes.
  • Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
  • Rir baixinho.
  • Uma boa conversa.
  • A praia.
  • Encontrar uma nota de 100 reais no casaco pendurado desde o último inverno.
  • Rir por nenhuma razão especial.
  • Alguém que te diz: você é o máximo.
  • Amigos.
  • Ouvir acidentalmente alguém dizer bem de nós.
  • Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
  • O primeiro beijo (ou o primeiro com novo-namorado).
  • Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
  • Ter cafuné feito por alguém especial.
  • Letras de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
  • Trocar um olhar com um belo desconhecido.
  • Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
  • Observar o contentamento de alguém ao abrir um presente que você deu.
  • Ver o nascer do sol.

Caminhar

Obrigada, mãe! Por me ensinar a caminhar pelos caminhos mais turtuosos e a superar os obstáculos mais árduos.

Snack

...na sua casa ou na minha?

Brrrrrr...


E o frio que teima em não ir embora!

Compromisso



Ninguém pode construir em teu lugar
as pontes que precisarás passar,
para atravessar o rio da vida
- ninguém, exceto tu, só tu.
Existem, por certo,
atalhos sem números, e pontes,
e semideuses que se oferecerão
para levar-te além do rio;
mas isso te custaria a tua própria pessoa;
tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho
por onde só tu podes passar.
Onde leva?
Não pergunte, siga!!!
(Friedrich Nietzsche)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Novos alvos...



Minha vida tem trilha sonora...

Sempre chega um dia na vida
Chove um outro ponto de vista
Outra porta, outra esquina
Pra me encontrar
Por mais que eu perceba as saídas
Dúvidas são sempre bem-vindas
Estou esperando notícias
De outro lugar
Cansei de olhar espelhos de agora
Vou mirar novos alvos, me solta
Tempo que escorre agora e eu vou, eu vou
Cansei de olhar espelhos
Quero um olhar inteiro e vou
De outro lugar me vejo
Por outra saída eu vou
Quem viver verá meus sonhos
Mudando todos os planos
E voltando pro mesmo lugar


Composição: Mart´nália / Ana Costa / Zélia Duncan



Elocubrando...



"Ai, doce pensamento meu, quando me levarás onde te envio eu!"

(Romanceiro general - início do séc.XVII)

domingo, 27 de janeiro de 2008

Fins-de-semana


P-R-E-G-U-I-Ç-A

Nos pequenos espaços só tem lugar o retemperar de forças.

Nos outros cabe o sono e o dolce far niente, sabbath, carpe diem ou preguiça mesmo.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Sonhos...


"O sonho representa a realização de um desejo"

(Sigmund Freud)


Não será, antes, o contrário?
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" A vida é um sono de que o amor é o sonho,

e vós tereis vivido se houverdes amado." (Alfred de Musset)


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"De sonhar ninguém se cansa,

porque sonhar é esquecer,

e esquecer não pesa e é um sono sem sonhos em que estamos despertos."


(Fernando Pessoa in Livro do Desassossego)


Poderosa.

Magnífica.

A melhor!!!

Divina.



Queiram-me desculpar, mas hoje não há nada nem ninguém que arrase com a minha auto-estima. Síndrome de fim-de-semana? Talvez, mas sobretudo o sentimento de "Eu consigo!"

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Don't forget to...


and enjoy it.
Bom fim-de-semana!

O preço do amor



"O preço do amor é sempre a perda da razão, o abandono de si e a sujeição à tutela que daí resulta."
(Patrick Süskind in sobre o amor e a morte)

Para desopilar...


Aqui ficam algumas das citações que fui recebendo nestes ultimos dias no meu email... :)

1. "Não faça de sua vida um rascunho, pois pode não dar tempo de passar a limpo."

2. "Somos o que fazemos, mas somos, principalmente, o que fazemos para mudar o que somos." [Eduardo Galeano]

3. "Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade." [Charles Chaplin]

4. "Não Chore pelas coisas terem terminado. Sorria porque elas exisitiram." [Luiz E. Boudakian]

5. "Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo: há menos competição lá." [Indira Gandhi]

6. "A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original..." [Albert Einstein]

7. "A vitória mais bela que se pode alcançar é vencer a si mesmo." [Santo Ignácio de Loyola]


E agora umas frases do dia hilariantes...:)

1. "O trabalho fascina-me tanto, que chego a ficar parado, a olhar para ele, sem conseguir fazer nada."

2. "O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que o chamam de presente."

The warmest place


Thanks.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Convites



Os convites são, maioritariamente, perguntas retóricas...

Gerânio

Ser feliz é chegar em casa e me deparar com o seguinte recado...

"
Quando escutei me lembrei de você..!" - Hannah, uma ex-aluna de Literaturas de Língua Inglesa mt querida...


Busquei a música e... DESCOBRI QUE SOU TRADUZÍVEL EM MÚSICA... risos

Obrigada, Hanninha!!!!




Ela que descobriu o mundo
E sabe vê-lo do ângulo mais bonito
Canta e melhora a vida, descobre sensações diferentes
Sente e vive intensamente

Aprende e continua aprendiz
Ensina muito e reboca os maiores amigos
Faz dança, cozinha, se balança na rede
E adormece em frente à bela vista

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

Conhece a Índia e o Japão e a dança haitiana
Fala inglês e canta em inglês
Escreve diários, pinta lâmpadas, troca pneus
E lava os cabelos com shampoos diferentes

Faz amor e anda de bicicleta dentro de casa
E corre quando quer
Cozinha tudo, costura, já fez boneco de pano
E brinco para a orelha, bolsa de couro, namora e é amiga

Tem computador e rede, rede para dois
Gosta de eletrodomésticos, toca piano e violão
Procura o amor e quer ser mãe, tem lençóis e tem irmãs
Vai ao teatro, mas prefere cinema

Sabe espantar o tédio
Cortar cabelo e nadar no mar
Tédio não passa nem por perto, é infinita, sensível, linda
Estou com saudades e penso tanto em você

Despreocupa-se e pensa no essencial
Dorme e acorda

----Gerânio
Composição: Nando Reis, Marisa Monte, Jennifer Gomes

[d]efeito


O homem é um bicho raro. Têm que concordar comigo. Surpreendem-nos até ao fim dos nossos dias. Não os entendemos e nem sequer perdemos tempo com isso.


Há os garanhões. Aqueles que caminham de costas direitas e olham em frente. Lançam charme até às pedras da calçada, caminham de peito esticado para fora. Até podem ter boa aparência, mas se abrem a boca, estragam tudo. Digamos que a inteligência não faz parte do pacote. E à noite choram baba que nem madalena arrependida. Vai ver que de garanhões, não têm nada.

Há os outros. Aqueles que parecem não fazer parte do mundo tal qual o conhecemos. E depois, sabe-se que já petiscaram meia cidade. São tímidos e quando falam para nós olham-nos nos olhos como se nos quisessem ler a alma.
São perspicazes, enganadores. E claro, inteligentes. Porque se não fossem, não teriam papado as meninas que lhes caiem na rede como moscas no mel.

Há aqueles que não são uma coisa nem outra. Isto para não dizer que nem são nada. Só resumem a vida aos seus interesses. Que passa por musica, computadores e outras tecnologias. Não há diálogo possível. Se por acaso lhe dizemos que estamos constipadas, que apanhamos o vírus da gripe, eles só ouvem a parte "vírus" e desencadeiam um monólogo de duas horas a explicar pormenorizadamente o que devemos fazer ao computador. Sabem o último grito da tecnologia o que faz com que a nós, só nos dê vontade gritar.

Há aqueles complicadinhos. Que se queixam da solidão e procuram a mulher ideal, perfeita, enquanto dizem que não querem compromissos. Percebemos que têm compromisso com o trabalho. Usam fato e têm charme, daí conseguirem, sem esforço, dar a ideia de coitadinhos para ver se alguma pacóvia acredita. Elas ficam ali a pensar :”tadito, tão girote e tão solito”. Moram sozinhos e não têm muitas dificuldades financeiras, mas enquanto lamentam a solidão, vão tendo os seus casos. Sempre com mulheres que não lhes preenchem os requisitos e a quem sempre dizem que não se sentem prontos para um compromisso. Uma forma discreta de dizer: hoje fo**-te e amanhã já nem sequer me procure.
Rondam os 30 anos... e vão sentir-se preparados para um compromisso quando? Pergunto eu...


O estilo certinho põe os nervos em franja a qualquer uma. Gastam dinheiro em bebidas caras. Para ocasiões especiais. E anos mais tarde percebemos como são tristes ao ver as garrafas intactas.

Outros vivem no mundo da lua. Este mundo é pequeno demais para eles. É a playstation e afins. Sessões de filmes sem intervalo. O verdadeiro homem-sofá.
Os filmes preferidos são de terror e de sangue. De artes marciais e outras coisas impossíveis de praticar. Mas acham que a força é melhor que a inteligência.
Chega em casa, come, besunta a mão direita com super-bonde, mas deixa livre o polegar. E assim brinca toda a noite com o comando da televisão. Impossível uma noite a dois, porque quando finalmente vão dizer a resposta certa do programa que estávamos a assistir com interesse, já ele mudou de canal. Chega a dar nos nervos. E tem por costume não ser muito cuidado na aparência. Aproveita o fato de estar sem fazer nada para dizer entre dentes: "já que estás em pé, me dá isto, me traz aquilo"... blá blá blá.


Impossível compreender. Mas as mulheres, há muito desistiram. Já se sabe que são todos iguais e que por isso, nem vale a pena escolher muito. Arranjamos um e com arte e manha lá o vamos moldando, aos poucos, para que ele se adapte e nunca pense que está a ser manipulado.


Há os que só pensam em sexo e os que só praticam sexo. E acredito que existam intermediários, para não ser tão mazinha.
Sou até capaz de acreditar, numa hora ou outra que exista um ou dois exemplares sensíveis e românticos sem quererem com isso, conquistar alguma.
Vá, até vou mais longe e digo que também é possível que exista aqui ou ali, um que seja fiel e sincero, que tenha inteligência e sentido de humor. Tudo em um!


Depois, os vemos em grupo. Desastre total. Parece que deixaram em algum lugar do globo a nave.
É vê-los sentados em redor de uma mesa, de copo na mão. A falar de carros, de aventuras, de futebol, de mulheres, de jogos e outras coisas sem tanta importância assim. Se houver perto alguma mulher que lhes interesse, falam alto, para chamar a atenção.
Falam das conquistas falsas como sendo verdadeiras. E se forem verdadeiras, essas conquistas, exageram nos pormenores com tanta convicção que uma guria que assista, chega a duvidar. Depois, com umas e outras , lá descobrimos as carecas.

Chamam de nomes ridículos o pênis. Daqueles que têm muito rastilho e pouca pólvora.
E costumam acomodá-los com engenho e arte. Optam por um lado. Esquerdo ou direito. Se bem que ainda tento investigar para que lado têm preferência em pôr em descanso os ditos cujos.
Lá se vão rindo alto. Coçam os tomates sem pudor, arrotam, cospem para o chão e peidam-se. Acham graça. Riem-se.

E depois sempre têm orgulho na sua mala de ferramentas. Aquelas com que gastam rios de dinheiro a apetrecharem com martelos e martelos pneumáticos. Chaves de fendas, porcas e parafusos de todos os tamanhos. Berbequins, pés de cabra. Alicates e chaves inglesas.
Para que depois, quando uma torneira lá de casa estiver pingando termos que chamar um encanador.


Com tantas qualidades que os homens têm, ainda bem que nós, mulheres, nem sequer somos perfeitas. É que seria uma chatice.

Ai os homens... que bicho tão fofo, não acham?

The Be[a]st

How far does it take to go from "the best" to "the beast"?
Faster than you can think of.
Slower than one has ever thought of.

Clã

Verbos que começam com A e terminam onde imaginarmos

Abraçar o mundo, ou pelo menos a parte dele que nos está próxima.
Apanhar um avião com destino incerto, desde que seja longe daqui.
Aferir todas as hipóteses de um amanhã melhor.
Amar quem nos ama, e mais alguém que nos faça sorrir.
Atravessar uma ponte e vencer os medos.
Acorrentar o bicho papão e deixá-lo onde não nos possa perseguir.
Abandonar o ontem que nos fechou o sorriso.
Abrir os olhos a cada manhã e vislumbrar o azul do céu, ainda que encoberto.
Agradecer aos amigos, aos familiares e a todos os que estão perto, o fato de estarem lá.
Assistir ao filme das nossas vidas, escrevendo o roteiro conforme os nossos desejos
Atingir as nossas metas. Com afinco e preserverança conseguimos.
Aplaudir quem está junto de nós. Palavras e gestos de exaltação são dadas a quem realmente as merece.
Alimentar sonhos, transformá-los em desejos e concretizá-los.
Alcançar a verdadeira felicidade.
Adivinhar é proibido, mas prever ninguém nos impede.
Acordar do que pode parecer um pesadelo e transformá-lo em força que nos mova.

domingo, 20 de janeiro de 2008

Raquel + Rachel + Quel + Rach + Doce + ...



O único jeito de ser várias mulheres em uma é se todas forem amigas o suficiente para morar na mesma casa...




quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Recado

"Viver bem é a melhor vingança." — Provérbio basco

Is it O.K.?



Quando eu te escuto, a minha mão fica tão gelada e meu coração tão quente que pareço um petit gâteau.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A vida é portátil!!!



Leve um casaco Raquel, senão vai pegar solidão. Leve um mate pras horas frias e pra lembrar o que realmente é amargo na vida. Suba no telhado de vez quando pra ver as coisas do alto. Perspectiva é sempre bom. Dê uns sorrisos pra desenferrujar a boca. Leva a comida com o gosto de casa, pra não perder a identidade… Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar.

hummm….

Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar…
Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar…
Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar…

Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar.

Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar!!

Quanto maior a bagagem, mais difícil é sair do lugar!!!!!

É isso!!!

Só tenho duas malas na vida!!! A vida é portátil!!!

Deixa-me sonhar...

Fim de semana longo, este. Tantas horas vagas, tantas coisas que me fariam e me fizeram feliz.
A chuva cai sem tréguas... e eu, que cá por dentro, só queria um amor... Grande.
O homem que me fizesse sentir um grande amor, que tivesse por mim um grande amor;
Um desses de cinema...


E deixo-me guiar pelo sonho que me resta... quando só queria viver este sonho contigo. Sem reservas, sem pudor.
É que sinto sempre em mim que tu e eu nunca já quase somos nós, mas ainda não tentamos, sabe? E talvez por isso tenha este aperto que me faz sentir que apenas estou a adiar a vida ou o momento em que me possa perder em ti para que depois, quem sabe, me encontre e tenha a certeza que as histórias bonitas não são para eu viver.
Queria saber. Queria viver para saber. Será pedir demais?
A verdade é que não te tenho... nem tenho ninguem. Que não sou tua... nem de ninguem.
E nestes dias que são eternidade, sinto a falta. Falta dos momentos de plena liberdade dos sentidos que já não me recordo de viver... mas vivo com você.
É quase sentir-me só, sem ser solidão.

Tivesses tu a coragem. Tivesses tu o desejo. Tivesses tu a vontade. E os tem, eu sei, nós sabemos...

Se um dia você se transformar numa gaivota e voar para longe de mim de novo, tenha eu o meu coração ainda livre para te acompanhar nesse bater de asas e voar....

Mas hoje, queria deitar-me num banho tranquilo e saber-te aqui perto. Sentir-te meu. Por uma noite que fosse. Só para que depois podesse saber e seguir caminho sem sentir sempre esta corrente que me prende, quando nada há que me possa prender.


Deixa-me sonhar... sonhar com coisas que adoro e já não lembro de fazer. Os desejos pequenos que fazem sentir que afinal vale a pena.
Quem sabe um dia?

domingo, 13 de janeiro de 2008

Mentiras sinceras

O mundo resolveu ser honesto comigo. Por onde ando, estranhos, conhecidos, crianças, velhos, animais, todos me bombardeiam com suas verdades.

Minha consciência nem disfarça mais com carinhos e brincadeiras. Eu sempre soube que ela fazia tudo isso para ser alimentada depois. Mas agora nem isso! Eu "penso" e ela já me manda "na lata" a verdade.

Até minha mãe, que deveria guardar a sete chaves, até seus últimos dias, o segredo de que não sou a pessoa mais linda do mundo, resolveu entregar o jogo no presente mesmo: meu nariz poderia ser mais assim, meus dentes menos assim, meu cabelo mais ou menos assim. Não, eu não sou perfeita nem para a minha mãe.

Os rapazes então, nem se fala. Não sei o que acontece, mas não consigo arrumar nenhum a fim de me enganar. Todos estragam tudo com sua sinceridade aterrorizante. Não existe mais “vamos jantar, minha flor-de-lis, e quem sabe um dia eu tentarei colocar as mãos em seus joelhos”. O que existe, quase sempre, é “olha, não quero nada sério da vida, ou pelo menos não com você, mas que tal a gente dormir junto essa noite?”.

O mundo perdeu sua magia. Magia, mágica, conto de fadas, ilusão, sonho. Tudo mentira. Mas quem vive feliz sem um pouco dessas palavras? Não que eu queira arrumar um enganador. Mas florear a vida, usar um pouco de eufemismo para expressar um desejo primitivo, não custa nada. Acho que a maioria dos namoros começa com uma mentira: de tanto o cara enganar a mocinha que quer conhecê-la melhor antes de levá-la para a cama, ele acaba convencido do mesmo. E apaixonado. Mentir faz parte de encontrar alguma verdade nas relações.

Mas comigo não tem jeito. Não sei se é porque escrevo com toda a sinceridade do mundo e as pessoas acham que precisam me retribuir de alguma maneira ou se, porque uso óculos, as pessoas acham que sou inteligente demais para ser enganada. O fato é que ninguém quer me fazer de boba. E minha vida é um festival de mensagens de texto, e-mails e telefonemas com propostas de sexo casual, abraços noturnos, cantadas baratas. Tudo na maior amizade, tudo na maior clareza, tudo para eu jamais entender errado. E quem é que tem o poder de entender sempre o certo?

Eu sempre sei onde estou pisando. As pessoas deixam bem claro, pelo menos pra mim, o quão sem graça são e o quão podres podem ser. E eu acabo de descobrir que isso não tem nada de legal. Às vezes eu só queria voar um pouco, tirar os pés do chão. Fantasiar, sobrevoar os dias chatos.

Ninguém me faz de boba porque todo mundo tem é medo de acreditar na bobeira e acabar bobo junto. Gente mais besta!

Onde está a felicidade?


"A felicidade não está no que acontece mas no que acontece em nós desse acontecer."

(Vergílio Ferreira - Em nome da terra)

domingo, 6 de janeiro de 2008

Nãooooooooooooooooo

Não sei se isso dura muito, mas preciso confessar que ultimamente minha palavra predileta tem sido: não.

Não aquele “não” que aprendemos a falar desde pequenininhas para valorizar o nosso “passe”. Nossa mãe, avó, nosso pai, tio, amigo, irmão, vizinho. Todo mundo adora ensinar a uma mulher a importância de fazer charme e nunca aceitar nada, de sorvete a casamento, de primeira.

Mas meu “não” é mais para o verdadeiro e autêntico “não” das crianças. Daqueles que vêm do fundo da alma e da convicção. Não é nem jogo nem medo. É fácil, óbvio e transparente.

“Você quer sair comigo?”, pergunta um cara absurdamente inteligente, bonito, mas com namorada. Não. “Você quer viajar comigo?”, pergunta aquele ex- casinho com o corpo mais bonito que eu já vi na minha vida, o melhor beijo dos últimos 100 anos, mas seis anos mais novo que eu e obcecado pela “molecada da facu”. Não. “Você me dá seu telefone?”, pergunta o cara que já pediu o telefone de metade da festa. Não. Aliás, eu nem fui nessa festa. Eu disse que não.

Como diria aquela música “só quero saber do que pode dar certo, não tenho tempo a perder”, eu criei uma certa casca para prazeres fugazes. Vivi 345 deles nos últimos anos e fui feliz, mas pela primeira vez sinto que não tenho mais nenhuma curiosidade a respeito.

Dizem que Buda só virou Buda porque nasceu milionário. É mais fácil abdicar de um mundo de facilidades depois que já experimentamos desse mundo em demasia. Chega.

Eu já sei como é fugir para o banheiro do restaurante. Já sei como é beijar um sem-nome, um nome famoso, o melhor amigo, o inimigo, o namorado da amiga, o amigo do namorado, o chefe, o estagiário. Já sei como é acordar em um lugar estranho. Embaçar o carro. Ir a uma festa e pensar “tirando o moço do caixa e o telão, já beijei tudo o que se mexe nesse lugar”. Nada dessas coisas têm mais graça pra mim.

Mas às vezes me pergunto se estou mesmo certa. Quando vou ao cinema com um casal de amigos que fica se pegando loucamente ao meu lado ou descubro que esfriou no meio da noite e a manta está na parte mais alta do armário, eu me pergunto se uma aventurinha qualquer não era melhor que nada. Pelo menos te esquenta um pouco e te faz alguma companhia. E lembro do Vinícius que diz “mesmo amor que não compensa é melhor que solidão”.

Mas quando uma “fraquezazinha” vem me visitar, eu encho o peito e digo minha mais recente e sonora frase: “Nãããããããããão”. Já tive aos montes pessoas que não compensam esquentando a cadeira ao lado do cinema, o banco ao lado do carro e o travesseiro extra da cama. E nem por um minuto senti meu peito aquecido. A gente até engana os outros de que é feliz, mas por dentro a solidão só aumenta. Estar com alguém errado é lembrar em dobro a falta que faz alguém certo.

Há um bom tempo eu resolvi que alguém certo só apareceria se eu abrisse mão de todos os errados e soubesse esperar. Resolvi que a energia para atrair alguém bacana tem que ser igualmente bacana e com tanta gente errada na minha vida eu não estava emanando coisas muito boas. Mas tomar uma decisão e segui-la do fundo da alma requer um certo tempo de adaptação. Digamos que um pouco de carência com um restinho de curiosidade tenham me feito dizer, nos últimos anos, alguns “sim” que até me divertiram, mas não levaram minha vida a lugar nenhum. Mas agora sinto que isso mudou. Não porque eu quero que mude, simplesmente porque mudou naturalmente.

Por isso, inspirada no final dos meus 28 anos (que fecha um ciclo) e no começo do ano 2008 (que cabalisticamente representa o número 1 e começo de um novo ciclo) eu incorporo meu amigo Borat (quem não viu o filme precisa ver!) e respondo a todos os rapazes, amigos e empregos que não forem verdadeiros, bem intencionados e a fim de me fazer feliz : noooooooooooooooooooooot!

Resiliência: aprendi com vocês!

Em homenagem à cor do réveillon, resolvi fazer as pazes com as histórias do ano.

Mulher tem essa mania chata de classificar homem em apenas duas e limitadas categorias: aqueles que morrem pela gente e os cafajestes.

E onde ficam os que gostam da gente, respeitam, têm tesão, se divertem, adoram nossa companhia, adoram dormir de conchinha com a gente, curtir, conversar, beijar, dar risada, falar besteira?

Por que deixamos de identificar e compreender essa imensa legião de homens gente boa que nos adoram, mesmo não querendo, necessariamente, namorar ou casar com a gente?

É normal e até saudável que nem todos os caras que me conhecem queiram passar os próximos 89 anos ao meu lado. Então, por que raios, só porque não ganhei um anel de ouro branco com pequenos diamantes para a mão esquerda, passei mais da metade da minha existência odiando todos os coitados que fizeram parte da minha vida por alguns meses, anos ou até mesmo (ai, esses eu até tinha motivo pra odiar, vai, mas ando boazinha) dias?

Nos últimos tempos, conheci pessoas muito legais. Que me melhoraram como mulher, profissional e até mesmo como ser humano. Aprendi, por exemplo, com um que durou coisa de seis meses, como fazer o melhor bolo de cenoura do mundo. Reconheci, depois de levar umas broncas de um que não passou de dois meses, o quão feio era eu ligar para o celular dele no meio de suas reuniões com os gringos...


E teve também o de poucos dias que me ensinou algo muito importante para continuar merecedora do mundo adulto: a nunca mais gostar tanto de alguém em poucos dias. Era óbvio que eu estava gostando muito mais de estar gostando (ou seja: de mim mesma) do que propriamente dele, que ainda nem era algo real.

O de mais ou menos 3 meses me deu a dica de um creme sensacional para ressecamento labial de inverno. O de cinco semanas e três dias me apresentou um ótimo restaurante. Mas, exemplos fulos à partes, a verdade é que todos acabaram melhorando alguma coisa em mim. Seja meu gosto musical, literário, gastronômico, espiritual, sexual ou até mesmo meus cuidados com a aparência (com esse aumento considerável de metrossexuais, quando a gente não ganha um bom namorado pra puxar aquele fios mais fininhos da nuca, pelo menos ganha ótimos “amigos” para dividir dicas de anti-sinais e promoções de grife).

Acredito até que esses homens me melhoraram tanto como pessoa, que eu sai da minha bolhinha egocêntrica e estou aqui, escrevendo essas linhas em defesa deles.

As mulheres reclamam que os homens são toscos na hora de classificar uma lady e vão direto ao: pra casar ou pra transar. Mas nós fazemos o mesmo quando replicamos a estupidez e rotulamos: existem os que querem casar com a gente e os que querem transar com a gente. Nada disso. Até os mais errados, se pararmos pra pensar, podem ter sido grandes acertos. Hoje, quando eu lembro de todos os que me deram mais dor de cabeça do que propriamente alegria, penso no Woody Allen que diz: “Comédia é igual a tragédia mais distância”.

É graças a esses malas que hoje, depois de algum tempo, eu posso me divertir escrevendo textos engraçados para que você, espero eu, possa se divertir lendo. No final das contas (e essa foi a melhor lição que eu aprendi com os homens), rir não é o que importa?

sábado, 5 de janeiro de 2008

2008 motivos para ser FELIZ!!!!



Quero que 2008 seja um ano intenso! Saúde, paz, amor e felicidade? Claro! Afinal, preciso e desejo tudo isso. Mas quero também a novidade, o movimento. Quero sentir, muitas vezes ao longo dos próximos doze meses, o sabor de um primeiro beijo, o prazer com emoção, o sal do mar na minha pele, a emoção de uma estréia. Nos próximos 366 dias, espero ficar cara-a-cara com o novo, conviver com o inédito, experimentar o diferente, descobrir o desconhecido, rever o que é familiar e reviver, de outra forma, o inesquecível. O que já se foi, deixarei lá no passado, enterrando e bebendo os mortos para viver o futuro a cada dia. Estou disposta a rever conceitos, desfazer nós e celebrar, com alegria, todos os começos e fins. E espero que eles sejam muitos, pois preciso de intensidade tanto quanto de felicidade. Vou tirar a vida para dançar, rodopiar pelo salão, despertar e viver paixões e amar como se fosse a primeira e a última vez.
==== Rachel!!!