Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



sexta-feira, 12 de março de 2010

I've got a message




Oi, Raquel Oliveira!


Muito tempo que não lhe escrevo.


Hoje eu tive a impressão de ter visto você sozinha no cinema assistindo Valentine's Day.

Estranhei pois não é o seu tipo de filme, e nem seu tipo de estar: sozinha.


Você entrou, buscou uma fileira no meio, afastada de todos, e ali ficou a observar as histórias dos personagens e a ser observada por eles.


Garanto que deve ter pensando: que comédia mais sem graça.


E sua vida? Está feito o roteiro desta comédia sem sal?

Há nela também tantos personagens que nenhuma história verdadeira encanta, cativa e seduz a você mesma?


E sua carreira? Como vai?

Sentiu-se num vôo sozinha também como a personagem de Julia Roberts?

Sentiu saudades de seus pais e vontade de ter uma família de novo?

Ou se identificou mais com a enganada por um casado?

Quem sabe com a jornalista multitarefa e workacholic?

Ou ainda com aquela que fingia ser escritora e poetisa, mas se divertia como atendente de telesexo, e era triste, in fact, por não ter um amor?


Aprendeu que amor não se planeja?

Lembrou de todos os seus dias dos namorados sozinha?


E sabe que mais?

Há algumas semanas, eu noto que você tem ido ao cinema assistir comédias românticas.


Crise dos 30 anos, moça?


Você está apaixonada?


Faz tanto tempo que não nos falamos... Você continua a lembrar versos de Cazuza??

Eu vejo um museu de grandes novidades... O tempo não pára.


Pois é, menina...

Eu acho que era você lá no cinema ainda pouco sim.


E coloco abaixo algumas falas do filme que me fizeram lembrar de você:


Kara Monahan: My closest relationship is with my Blackberry, Thank God it vibrates !
Frank: What about you, is there someone else?
Kathleen Kelly: No. No, but... but there's the dream of someone else.

Julia Fitzpatrick: Nothing, if you're a handsome, divorced doctor, but for the rest of us single women, it's kind of a giant cosmic bitchslap. It's like the universe saying, look, remember when you were fourteen and you had cystic acne and braces and you played the saxophone in the marching band and no one would invite you to the winter formal? Well nothing's changed.


Espero que você se ache também, e seja achada logo pelo que sua alma mais quer: a paz do amor e o calor da paixão no coração.


Beijos,


cuide-se


Raquel Oliveira

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