Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Vivre dans notre petit paradis

Après trois ans... J'ai changé, mais je suis ici resté. Tu n'a pas changé et ici n'est pas resté... Mon Français déjà réussit à parler avec son coeur juif et fou, mais joli.

La lumière d'espoir qui épanouira notre vie
Afin de vivre ensemble pour toujours...
Et, je te dis, à toi, mon roi :
Nous fûmes un, nous sommes deux, nous serons trois...


Où es tu mon coeur...
Mon amour, mon bonheur,
Toi qui me fais trembler
Rien que par ta pensée...
Je rêve de partager nos vies,
Vivre dans notre petit paradis,
Rempli de câlins et de tendresse
De sincérité, de respect et de caresses...
Et j'attends patiemment
Espérant chaque jour ce moment
Où nous construirons notre nid,
Où nous avancerons à deux dans la vie...


Alors, aime moi comme je t'aime
Et notre vie sera notre plus beau poème...

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

A Case of You


Diana Krall - an unforgettable show!


Just before our love got lost you said,
"I am as constant as a northern star."
And I said, "Constantly in the darkness.
Where´s that at? If you want me I´ll be in the bar."

On the back of a cartoon coaster
In the blue TV screen light
I drew a map of Canada, oh Canada
With your face sketched on it twice

Oh, you are in my blood like holy wine
You taste so bitter and you taste so sweet
Oh, I could drink a case of you, darling
And I´d still be on my feet
I´d still be on my feet

Oh, I am a lonely painter
I live in a box of paints
I´m frightened by the devil
And I´m drawn to those ones that ain´t afraid
I remember that time you told me
"Love is touching souls"
Well surely you touched mine
´Cause part of you pours out of me
In these lines from time to time

Oh, you´re in my blood like holy wine
You taste so bitter and so sweet
Oh I could drink a case of you
I could drink a case of you, darling
And I´d still be on my feet
I´d still be on my feet

I met a woman
She had a mouth like yours
She knew your life
She knew your devils and your deeds
And she said, "Go to him, stay with him if you can
But be prepared to bleed"

Oh, you are in my blood like holy wine
You taste so bitter and you taste so sweet
Oh, I could drink a case of you, darling
And I´d still be on my feet
I´d still be on my feet.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Cinderela Pós-Moderna

Era uma vez… numa terra muito distante... Uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima que se deparou com uma rã, enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo estava de acordo com as conformidades ecológicas.

Então a rã pulou para seu colo e disse:

_ Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e eu transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir um lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco, tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre.


Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã à «sautée», acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:

«NEM MORTA!!!»

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Devil may care



No cares for me
I'm happy as I can be
I learn to love and to live
Devil may care

No cares and woes
Whatever comes later goes
That's how I'll take and I'll give
Devil may care

When the day is through, I suffer no regrets
I know that he who frets, loses the night
For only a fool, thinks he can hold back the dawn
He was wise to never tries to revise what's past and gone

Live love today, love come tomorrow or May
Don't even stop for a sigh, it doesn't help if you cry
That's how I live and I'll die
Devil may care

Diana Krall - Fly me to the moon



Fly Me To the Moon
(B.Howard)

Fly me to the moon
And let me play among the stars
Let me see what spring is like
On Jupiter and Mars

In other words hold my hand
In other words darling kiss me

Fill my life with song
And let me sing forevermore
You are all I hope for
All I worship and adore

In other words please be true
In other words I love you

Jazz Lady



Next week... Hummmmmmmmmmm...

Está chegando....



Oba!!!!

A favor do tempo



Braçadas leves e assimétricas me levam pelas águas de um sentimento em lento movimento. Flutuo sem perceber sobre a correnteza de lembranças e de esquecimentos. Mergulho para, sob a fluidez do amor e da saudade, dar passos vagos. Movimentos inseguros de um dança solitária e improvisada por entre idéias que se dispersam com o vento. Vento com o vento porque sou eu, vivendo a favor do tempo.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Amor, o próprio!!



Vivemos a procurar em outras pessoas o que, em verdade, está em nós mesmos.

AMAR a si, um aprendizado a ser feito nesta vida.
Sem culpas, mágoas ou ressentimentos.

Valorizar-se.

Somos seres humanos e não super heróis.

AMEM-SE, depois amem os outros.

Qd amamos a si mesmo, vemos nossos defeitos de primeira, e queremos a modificação. Somos mais maleáveis, e, assim, perdoamos o outro - pois o compreendemos melhor. Sem julgarmos, e só nos auto-modificando... Sendo e Amando, o dito AMOR PRÓPRIO.


Porque o legal é VIVER e SER FELIZ.

- --------- > Raquel Oliveira

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Poema de Elizabeth Barrett Browning

Ei, você que ama o Snoopy, quando vier aqui, saiba que é para você...



Como eu te amo "Vou contar as formas: Eu te amo até a profundidade, largura e altura que minha alma pode alcançar, Quando sentindo longe dos olhos pelo objetivo de existir e de graça divina. Eu te amo ao nível da necessidade mais silenciosa de cada dia, Ao sol e a luz da vela. Eu te amo livremente como os homens lutam pelo direito. Eu te amo puramente como eles se afastam do elogio. Eu te amo como a paixão existente em minhas velhas mágoas E com a fé da minha infãncia. Eu te amo com amor que eu parecia ter perdido com meus entes perdidos. Eu te amo com a respiração, sorrisos, lágrimas de toda minha vida. E se Deus quiser, eu te amarei melhor após minha morte."

Chico Buarque - Medo de amar (Vinícius de Moraes)

Um pouco sobre o que o amor é para Vinícius, Chico e muitas pessoas que param pra pensar nesse sentimento tão difícil de ser entendido e ao mesmo tempo tão simples..

O Haver - de Vinícius de Moraes

Delícia de poesia...




O Haver

Vinicius de Moraes


Resta, acima de tudo, essa capacidade de ternura
Essa intimidade perfeita com o silêncio
Resta essa voz íntima pedindo perdão por tudo
- Perdoai-os! porque eles não têm culpa de ter nascido...

Resta esse antigo respeito pela noite, esse falar baixo
Essa mão que tateia antes de ter, esse medo
De ferir tocando, essa forte mão de homem
Cheia de mansidão para com tudo quanto existe.

Resta essa imobilidade, essa economia de gestos
Essa inércia cada vez maior diante do Infinito
Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível
Essa irredutível recusa à poesia não vivida.

Resta essa comunhão com os sons, esse sentimento
Da matéria em repouso, essa angústia da simultaneidade
Do tempo, essa lenta decomposição poética
Em busca de uma só vida, uma só morte, um só Vinicius.

Resta esse coração queimando como um círio
Numa catedral em ruínas, essa tristeza
Diante do cotidiano; ou essa súbita alegria
Ao ouvir passos na noite que se perdem sem história.

Resta essa vontade de chorar diante da beleza
Essa cólera em face da injustiça e o mal-entendido
Essa imensa piedade de si mesmo, essa imensa
Piedade de si mesmo e de sua força inútil.

Resta esse sentimento de infância subitamente desentranhado
De pequenos absurdos, essa capacidade
De rir à toa, esse ridículo desejo de ser útil
E essa coragem para comprometer-se sem necessidade.

Resta essa distração, essa disponibilidade, essa vagueza
De quem sabe que tudo já foi como será no vir-a-ser
E ao mesmo tempo essa vontade de servir, essa
Contemporaneidade com o amanhã dos que não tiveram ontem nem hoje.

Resta essa faculdade incoercível de sonhar
De transfigurar a realidade, dentro dessa incapacidade
De aceitá-la tal como é, e essa visão
Ampla dos acontecimentos, e essa impressionante

E desnecessária presciência, e essa memória anterior
De mundos inexistentes, e esse heroísmo
Estático, e essa pequenina luz indecifrável
A que às vezes os poetas dão o nome de esperança.

Resta esse desejo de sentir-se igual a todos
De refletir-se em olhares sem curiosidade e sem memória
Resta essa pobreza intrínseca, essa vaidade
De não querer ser príncipe senão do seu reino.

Resta esse diálogo cotidiano com a morte, essa curiosidade
Pelo momento a vir, quando, apressada
Ela virá me entreabrir a porta como uma velha amante
Mas recuará em véus ao ver-me junto à bem-amada...

Resta esse constante esforço para caminhar dentro do labirinto
Esse eterno levantar-se depois de cada queda
Essa busca de equilíbrio no fio da navalha
Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo
Infantil de ter pequenas coragens.

15/04/1962


A poesia acima foi extraída do livro "Jardim Noturno - Poemas Inéditos", Companhia das Letras - São Paulo, 1993, pág. 17.

Fase boa...

Depois de uma sanha musical... Sempre a FELICIDADE...


"Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz."

Alberto Caeiro