Leio. Releio. Volto a ler. Viro páginas. Avanço linhas.
Palavras minhas eu assino, dos outros eu transcrevo, dum passado que não teve futuro, dum presente que nunca exi stiu.
Frases que me fazem sorrir, outras que me inundam o olhar.
Histórias que fazem a minha história, remotas ou recentes, e que por muitas letras que destrua ficarão sempre na memória.

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Desejo a você total liberdade para que rasgue páginas neste espaço. Rasgar, romper, transformar algo em outro novo, mesmo que a si mesmo.
A vida é uma sucessão de rasgos, remendos, feituras e escolhas.
Esteja LIVRE!



domingo, 28 de fevereiro de 2010

Simplesmente Complicado?


Acordar às 6, pegar o táxi um hora depois. Dar aulas até às 14:30...
Casa descansar? No, way!
Flanear por aí, tomar dois ônibus que eu nunca havia experimentado só para olhar lugares novos, realizar que a ver as diferenças me leva a me desconstruir ainda mais.
Chegar a um ponto familiar. Resolver descer ali e esbarrar com uma pessoa muito querida ao acaso, e que tinha me ligado 40 minutos antes... Pequenices do mundo.
Caminhar mais, marcar unha, drenagem...
Chegar ao restaurante de sempre. O garçom já saber o que quero. Gerente me libera um prato executivo em pleno sábado. Encontrar amigo de infância. Mandar beijo para a esposa dele e recomendar sobre um presente para uma debutante: Victoria Secretes, Love Spell.
Choppinho... Horas sozinha lendo...
Pedir um expresso, retocar maquiagem e aguardar amiga - minha professora de Português do ginásio, minha amiga na vida adulta balzaca.
Pagar conta. Despedir com sorriso, e dizer até amanhã (hoje volto lá).
Encontrar ex-aluna. Saudades, risos, trocas.
Parada para o sorvete de café chips com pistache pré-cinema.
Encontrar a amiga, partir para o filme.
Reencontrar outra ex-aluna, mais momentos bons...
Filme: gargalhadas, e torcer para uma menage do bem... e que bem!
Carona pra casa após as 22h.
Banhão quentinho, essência de capim limão no quarto, e a companhia das Letras sempre...
Amei meu sábado. Ser feliz é SIMPLESMENTE DESCOMPLICADO.

Gênio não se explica, sente-se (com duplo sentido)





"se na bagunça do teu coraçao meu sangue errou de veia e se perdeu"

- Chico Buarque

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os dias Líquidos



"De que são feitos os dias? De pequenos desejos, vagarosas saudades, silenciosas lembranças."

Cecília Meireles

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Escolhas


Robert Frost said, "Two roads diverged in the wood and I, I took the one less traveled by, and that has made all the difference."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Vida...


"A vida é a infância da nossa imortalidade." (Goethe)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Essa moça tá diferente


Essa moça tá diferente
Já não me conhece mais
Está pra lá de pra
frente
Está me passando pra trás
Essa moça tá decidida
A se
supermodernizar
Ela só samba escondida
Que é pra ninguém reparar
Eu
cultivo rosas e rimas
Achando que é muito bom
Ela me olha de icma
E vai
desinventar o som
Faço-lhe um concerto de flauta
E não lhe desperto
emoção
Ela quer ver o astronauta
Descer na televisão
Mas o tempo
vai
Mas o tempo vem
Ela me desfaz
Mas o que é que tem
Que ela só me
guarda despeito
Que ela só me guarda desdém
Mas o tempo vai
Mas o tempo
vem
Se do lado esquerdo do peito
No fundo ela ainda me quer bem
Essa
moça é a tal da janela
Que eu me cansei de cantar
E agora está só na
dela
Botando só pra quebrar

#Chico Maravilhoso Buarque Tudo de Bom de Hollanda

Happy Hour? Happy LIFE!



Well, well...

Admito que adoro fazer um Happy hour a cada minute que eu possa na vida...

Sozinha, com os amigos, familia... O grande segredo é ser FELIZ.

Esta descoberta foi um dos grandes presentes que 'ser balzaquiana' me deu: a profundidade de ser plena e sugar o máximo dos meus momentos aqui neste planeta azul....

Rach

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Eu fico com a pureza das respostas das crianças....


Eu fico
Com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
Viver, e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz
Ah meu Deus eu sei, eu sei
Que a vida devia ser bem melhor e será
Mas isso não impede que eu repita
É bonita, é bonita e é bonita
E a vida....

BOA NOITE AMIGOS!
UM FINALZINHO DE DOMINGO BEM LINDO A TODOS VCS!

Amigo-mano de Infância



Quando nasci veio um anjo safado
O chato dum querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saá­da a minha estrada entortou
Mas vou até o fim

Inda garoto deixei de ir á escola
Cassaram meu boletim
Não sou ladrão, eu não sou bom de bola
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou
Mas vou até o fim

Eu bem que tenho ensaiado um progresso
Virei cantor de festim
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em Quixeramobim
Não sei como o maracatu começou
Mas vou até o fim

Por conta de umas questáµes paralelas
Quebraram meu bandolim
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chinfrim
Criei barriga, minha mula empacou
Mas vou até o fim

Não tem cigarro, acabou minha renda
Deu praga no meu capim
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que será de mim?
Eu já nem lembro pronde mesmo que vou
Mas vou até o fim

Como já disse era um anjo safado
O chato dum querubim
Que decretou que eu tava predestinado
A ser todo ruim
Já de saá­da a minha estrada entortou
Mas vou até o fim


Feb 14



Good morning peeps.

Enjoying your CNY and V-Day with

loved
ones I hope. :-)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Technology Revolution





"My idea of rebooting is kicking somebody in the butt twice."

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Flamme à Lunettes




J'ai perdu mes lunettes
Enfin j'ai pas voulu les mettre
Elles me font une drôle de tête
Une tête de flamme à lunette.

OH petite allumette
C'est dangereux d'être coquette
Au point de n'en faire qu'à sa tête
Quand ça peux vous coûtez les yeux

Je me fou
D'y voir flou
Je n'ai pas besoin de lunette
Pour embrasser et chanter
J'préfère garder les yeux fermés

Oh, mon petit incendie
Laissez-moi croquer vos habits
Les déchiqueter à belles dents
Les recracher en confettis
Pour vous embrassez sous une pluie...

De confettis ?

Oui, allons y.

Je n'y vois que du feu
En quelques pas seulement
Je peux me perdre au loin
Si loin dans ma rue
Et même que je n'ose plus
Regarder le soleil
N'y regarder le ciel
Droit dans les yeux
Je n'y vois que du feu

Je vous guiderai
A l'extérieur de votre tête
Je serai votre paire de lunette
Vous seriez mon allumette.

Il me faut vous faire un aveu
Je vous entends mais je n'pourrai
Jamais vous reconnaître
Même assis entre deux petits vieux.

On se frottera
L'un contre l'être
A s'en faire cramer le squelette
Et à l'horloge de mon cœur
A minuit pile on prendra feu
Pas même besoin d'ouvrir les yeux

Je sais je suis une flamme de tête
Mais quand la musique s'arrête
J'ai du mal à rouvrir les yeux
Je m'enflamme allumette
Mes paupières brûlent de mille feux
A en écraser mes lunettes
Sans penser à rouvrir les yeux.

Elle danse comme un oiseau
En équilibre,
Sur ses petits talons aiguilles
Ses pieds commencent à s'emmêler
Son joli nez viens de s'écraser

Sur le pavé.
Je me fracasse la tête
Contre les arbres dont les feuilles bleues
Semblent plantées dans les cieux
Ils sont ce que l'on confond le mieux
Avec les cieux
C'est merveilleux
les arbres bleus.

Je n'y vois que du feu
En quelques pas seulement
Je peux me perdre au loin
Si loin dans ma rue
Et même que je n'ose plus
Regarder le soleil
N'y regarder le ciel
Droit dans les yeux
Je n'y vois que du feu

Je n'y vois que du feu
En quelques pas seulement
Je peux me perdre au loin
Si loin dans ma rue
Et même que je n'ose plus
Regarder le soleil
N'y regarder le ciel
Droit dans les yeux
Je n'y vois que du feu


Musique : - Dyonisos and olivia Ruiz


Bonne vidéo à tous =D

O Vendedor de Palavras




Paulo gostou do texto, e como gosto de Paulo, e estou repassando. :)


O Vendedor de Palavras


Fábio Reynol - jornalista especializado em ciências e escritor.


Um comerciante decidiu ajudar a combater a "indigência lexical" do país, mas ao melhor preço do mercado: ouviu dizer que o Brasil sofria de uma grave falta de palavras. Em um programa de TV, viu uma escritora lamentando que não se liam livros nesta terra, por isso as palavras estavam em falta na praça. O mal tinha até nome de batismo, como qualquer doença grande, "indigência lexical".


Comerciante de tino que era, não perdeu tempo em ter uma idéia fantástica. Pegou dicionário, mesa e cartolina e saiu ao mercado cavar espaço entre os camelôs. Entre uma banca de relógios e outra de lingerie instalou a sua: mesa, o dicionário e a cartolina na qual se lia:


- Histriônico - apenas R$ 0,50.


Demorou quase quatro horas para que o primeiro de mais de cinqüenta curiosos parasse e perguntasse:

- O que o senhor está vendendo?

- Palavras, meu senhor. A promoção do dia é "histriônico" a cinqüenta centavos, como diz a placa.

- O senhor não pode vender palavras. Elas não são suas. Palavras são de todos.

- O senhor sabe o significado de "histriônico"?

- Não.

- Então o senhor não a tem. Não vendo algo que as pessoas já tem ou coisas de que elas não precisem.

- Mas eu posso pegar essa palavra de graça no dicionário.

- O senhor tem dicionário em casa?

- Não. Mas eu poderia muito bem ir à biblioteca pública e consultar um.

- O senhor estava indo à biblioteca?

- Não. Na verdade, eu estou a caminho do supermercado.

- Então veio ao lugar certo. O senhor está para comprar o feijão e a alface, pode muito bem levar para casa uma palavra por apenas cinqüenta centavos de real!

- Eu não vou usar essa palavra. Vou pagar para depois esquecê-la?

- Se o senhor não comer a alface ela acaba apodrecendo na geladeira e terá de jogá-la fora e o feijão caruncha.

- O que pretende com isto? Vai ficar rico vendendo palavras?

- O senhor conhece Nélida Piñon?

- Não.

- É uma escritora. Esta manhã, ela disse na televisão que o país sofre com a falta de palavras, pois os livros são muito pouco lidos por aqui.

- E por que o senhor não vende livros?

- Justamente por isso. As pessoas não compram as palavras no atacado, portanto eu as vendo no varejo.

- E o que as pessoas vão fazer com as palavras? Palavras são palavras, não enchem a barriga.

- A escritora também disse que cada palavra corresponde a um pensamento. Se temos poucas palavras, pensamos pouco. Se eu vender uma palavra por dia, trabalhando duzentos dias por ano, serão duzentos novos pensamentos cem por cento brasileiros. Isso sem contar os que furtam o meu produto. São como trombadinhas que saem correndo com os relógios do meu colega aqui do lado.
Olhe aquela senhora com o carrinho de feira dobrando a esquina. Com aquela carinha de dona-de-casa, ela nunca me enganou. Passou por aqui sorrateira. Olhou minha placa e deu um sorrisinho maroto se mordendo de curiosidade. Mas nem parou para perguntar. Eu tenho certeza de que ela tem um dicionário em casa. Assim que chegar lá, vai abri-lo e me roubar a carga.
Suponho que para cada pessoas que se dispõe a comprar uma palavra, pelo menos cinco a roubarão. Então eu provocarei mil pensamentos novos em um ano de trabalho.

- O senhor não acha muita pretensão? Pegar um...

- Jactância.

- Pegar um livro velho...

- Alfarrábio.

- O senhor me interrompe!

- Profaço.

- Está me enrolando ,não é?

- Tergiversando.

- Quanta lenga-lenga...

- Ambages.

- Ambages?

- Pode ser também "evasivas".

- Eu sou mesmo um banana para dar trela para gente como você!

- Pusilânime.

- O senhor é engraçadinho, não?

- Finalmente chegamos: histriônico!

- Adeus.

- Ei! Vai embora sem pagar?

- Tome seus cinqüenta centavos.

- São três reais e cinqüenta.

- Como é?

- Pelas minhas contas, são oito palavras novas que eu acabei de entregar para o senhor. Só "histriônico" estava na promoção, mas como o senhor se mostrou interessado, faço todas pelo mesmo preço.

- Mas oito palavras seriam quatro reais, certo?

- É que quem leva ambages ganha uma evasiva, entende?

- Tem troco para cinco?


-- EM 2010 TEM ELEIÇÃO. SUGESTÃO: NÃO REELEGER NINGUÉM.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

De amor, ne?

Pra iniciar bem a semana: Chico nos ouvidos e na alma, tinto na boca e na veia, Raquel sempre a escrever ... Boa semana a todos!!



Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você